14 de agosto de 2024
Alerta • atualizado em 08/03/2022 às 19:35

Cerca de 25% das cidades de Goiás tiveram água contaminada, diz pesquisa

Levantamento realizado com base em dados de órgão ligado ao Ministério da Saúde aponta a presença de substâncias com riscos para os seres humanos
Água para consumo humano estava com amostras contaminadas em 61 cidades
Água para consumo humano estava com amostras contaminadas em 61 cidades

Um estudo realizado pelo Repórter Brasil mostra que 61 cidades de Goiás apresentaram substâncias prejudiciais à saúde em amostras da água que vai para o abastecimento da população. O levantamento foi feito com base em dados do Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Siságua), do Ministério da Saúde.

Ainda de acordo com o estudo, 43 das cidades listadas tinham substância com risco à saúde. Entre os elementos encontrados estavam, por exemplo, urânio e bário. Mas o maior problema foram os Trihalometanos Totais, presentes em excesso em 28 municípios. Essa substância tem clorofórmio e é muito encontrada em agrotóxicos.

Em Formosa, no Entorno do Distrito Federal, o cenário é o pior do estado. Em todos os anos analisados pelos pesquisadores houve contaminação.

Os dados apontaram ainda 13 municípios cuja água para abastecimento da população tinham substâncias capazes de aumentar a incidência de câncer. Outros cinco tiveram detectadas cádmio, chumbo, arsênio e glifosato, que podem causar doenças crônicas.

Apesar do susto, Goiás está dentro da média nacional em relação ao número de cidades com contaminação de água. São 24,8% dos municípios goianos com o problema. Ao todo, no Brasil, houve 763 cidades com água contaminada.

Saneago garante qualidade

Em nota, a Saneago afirmou que a “água tratada obedece, rigorosamente, todos os padrões de potabilidade estabelecidos pelo Ministério da Saúde”. A companhia disse ainda que “água fora do padrão de potabilidade, que possam causar risco à população, não é distribuída aos consumidores, portanto, não chega aos imóveis”. A estatal destacou que fez 4 milhões de análises entre 2018 e 2021.

A empresa responde por quase todas as cidades goianas, com exceção de 20 delas. Segundo a Saneago, caso haja alguma inconformidade, “são executadas ações corretivas, como descargas em ramais e na rede de distribuição. Em situações de urgência, ações preventivas e/ou corretivas são executadas como: paralisação do tratamento de água, manutenções nos sistemas de abastecimento de água, limpeza dos reservatórios, limpeza da rede de distribuição”.


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