14 de agosto de 2024
Cidades

Centro-Oeste ocupa a 2ª posição no índice de assassinatos de adolescentes

De acordo com o Índice de Homicídio na Adolescência (IHA), o Centro-Oeste é a segunda região brasileira com maior número de assassinatos de adolescentes. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Diretos Humanos da Presidência da República, em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e o Observatório de Favelas e Laboratório de Análise da Violência da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (LAV-UERJ), nesta quarta-feira (28). A informação é do jornal O Hoje.

Conforme o levantamento, cerca de três em cada mil adolescentes brasileiros, que possuem 14 ou 15 anos, correm o risco de serem assassinados antes dos 19 anos. Os dados são referentes às cidades que possuem mais 100 mil habitantes.

Nesse sentido, o estudo conclui que entre 2013 e 2019, mais de 42 mil brasileiros, entre 12 e 18 anos, poderão ser assassinados. Entre os 26 estados do país e o Distrito Federal, Goiás está na 7ª posição no Índice. Só no Estado, foi registrado o número de 4,82 mortes a cada mil adolescentes.

O estudo levou em consideração os dados de 2012. Foi registrado um aumento de 17% em relação a 2011, além do maior índice desde 2005. Ainda de acordo com o levantamento, cerca de 36,5% das mortes de adolescentes são por homicídio, enquanto o número referente à assassinados no resto da população é de 4,8%.

Em relação às capitais, Goiânia ocupa a 10ª posição, com o índice de 3,84 adolescentes assassinados a cada mil. O estudo mostrou que a maioria das cidades goianas tiveram aumento no índice. Valores superiores a seis foram constatados em Águas Lindas de Goiás, Valparaíso e Luziânia, no Entorno do Distrito Federal. Entre os valores quatro e seis, se encontram as cidades Rio Verde, Formosa e Aparecida de Goiânia.

Em relação à raça, sexo, idade e instrumento utilizado, que também foi analisado, adolescentes do sexo masculino correm mais risco de morte que as jovens. Além disso, ser negro também aumenta em quase três vezes o risco de ser assassinado, se comparado com um adolescente branco.

Ter entre 19 e 24 anos também aumenta o risco. No entanto, um adolescente ainda na infância tem 41 mais chance de morrer por homicídio. Em relação ao instrumento utilizado, o índice de 4,67 é referente ao uso de arma de fogo, número superior aos demais instrumentos que podem ser utilizados.

Solução

Para tentar parar esse crescente índice de morto de adolescentes brasileiros, a Secretaria de Direitos Humanos anunciou, durante solenidade para divulgação do estudo, que criará um Grupo de Trabalho Interministral.

Em seguida, será elaborado um Plano Nacional de Enfrentamento à Violência Letal de Crianças e Adolescentes, com propostas do governo federal para participar efetivamente da Segurança Pública dos estados e municípios brasileiros.


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