07 de agosto de 2024
Levantamento

Centro-Oeste lidera gasto mensal com cultura presencial, diz pesquisa Datafolha/Fundação Itaú

A pesquisa ouviu 2.405 pessoas de 16 a 65 anos em todas as regiões do país, por meio de entrevistas presenciais e telefônicas
Centro-Oeste lidera o ranking de regiões que mais gastam com atividades de cultura presencial por mês. (Foto: Teatro Escola Basileu França).
Centro-Oeste lidera o ranking de regiões que mais gastam com atividades de cultura presencial por mês. (Foto: Teatro Escola Basileu França).

Um levantamento realizado pelo Datafolha, em conjunto com a Fundação Itaú, mostrou que o Centro-Oeste lidera o ranking de regiões que mais gastam com atividades de cultura presencial por mês. Segundo a pesquisa, a região tem um gasto médio mensal de R$ 161. No Nordeste, com menor valor dispendido, o gasto médio por mês é de R$ 128.

No geral, 20% dos entrevistados dizem só fazer atividades gratuitas (o índice sobre para 36% nas classes D/E). Já 39% dos entrevistados dizem fazer mais atividades gratuitas que pagas, 33% declaram fazer mais atividades pagas que gratuitas (48% nas classes A/B e 19% nas classes D/E) e somente 8% declaram fazer somente atividades culturais pagas.

No recorte por classe social, a pesquisa mostra que as classes A e B comprometem em média R$ 170 reais com atividades culturais presenciais e R$ R$143 no on-line. Nas classes D e E, o gasto médio com cultura presencial é de R$ 114 e de R$ 79 no on-line.

A pesquisa ouviu 2.405 pessoas de 16 a 65 anos em todas as regiões do país, por meio de entrevistas presenciais e telefônicas, entre os dias 1º e 28 de setembro. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. O índice de confiança da pesquisa é de 95% e cada ponto percentual representa 1,4 milhão de indivíduos.

Cenário cultural brasileiro 

No patamar nacional, os brasileiros passaram a fazer mais atividades culturais em 2023 no comparativo com 2022. Conforme o levantamento, 96% dos entrevistados declararam ter realizado atividades culturais em 2023, entre online e presenciais. Quando questionados se realizaram as atividades antes de 2023, o índice verificado é de 89%.

“Estamos vivendo um ano importante para a retomada da economia da cultura, com a consolidação da volta do público e a reativação dos equipamentos”, diz Jader Rosa, superintendente do Itaú Cultural. “A

pesquisa traz luz a este novo momento e reafirma o nosso compromisso de oferecer dados e evidências sobre este segmento tão importante para a economia e o bem-estar dos brasileiros”, completa Eduardo Saron, presidente da Fundação Itaú.

Escolaridade e fatores de motivação

No Brasil, a realização de atividades culturais foi maior entre os indivíduos conforme mais escolaridade. Consoante a pesquisa, o índice entre os que têm ensino superior foi de 100%. Entre os que contam apenas com o ensino fundamental, a taxa cai para 89%. Entre os que cursaram o ensino médio o indicador foi de 99%.

A convivência e interação com outras pessoas são apontados como os principais motivadores para realizar atividades culturais presenciais, de acordo com 28% da amostra. Espairecer, distração, diversão e lazer são apontados por 23% dos respondentes. Adquirir conhecimento (20%), conhecer novos lugares (12%), estar com a família e os filhos (12%) e novas experiências (11%) também figuram como fatores de estímulo.

Entre os fatores que inibem a realização de atividades culturais presenciais estão a insegurança e a violência (20% na amostra geral; 32% na região metropolitana do RJ) e a distância de eventos e equipamentos culturais (15%). Cansaço também figura como fator de desestímulo para 9% da amostra, mesmo índice verificado para superlotação. Questões financeiras foram apontadas como empecilho por 19% dos respondentes: valor dos ingressos (12%), gastos com deslocamentos (7%) e falta de dinheiro (4%).

Locais mais frequentados

De acordo com 71% dos entrevistados, as praças são os locais onde as pessoas mais realizam atividades culturais no Brasil. Em sequência estão os parques (63%), shoppings (55%), cinemas (42%), escola (41%), clubes (34%), teatros (24%), bibliotecas (20%) e museus (19%). Igrejas e casas religiosas foram apontadas por 4% dos respondentes.


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