14 de novembro de 2024
Protestos • atualizado em 21/03/2023 às 16:47

Centrais Sindicais promovem manifestação contra a alta taxa de juros

A taxa básica de juros Selic aplicada pelo Banco Central é de 13,75%. Os manifestantes pedem também a saída do presidente do BC
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Centrais Sindicais realizaram protestos em quatro cidades brasileiras; São Paulo, Fortaleza, Recife e Belém; nesta terça-feira (21), contra a alta taxa de juros aplicada pelo Banco Central (BC). As manifestações pedem redução da taxa Selic, que desde agosto de 2022 é de 13,75%, e também a saída do presidente do BC, Roberto Campos Neto.

O protesto aconteceu no mesmo dia em que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) realiza reunião para definir o valor da taxa básica de juros Selic. A decisão será divulgada na próxima quarta-feira (22), mas a expectativa é que o valor de 13,75% seja mantido mesmo com a pressão do governo, contrário ao valor aplicado.

O próprio presidente Lula afirmou em entrevista, nesta terça-feira (21), que é contra o valor da taxa aplicada atualmente, mencionando que esse sistema só é interessante para os bancos. “Só quem concorda com os juros altos é o sistema financeiro, que ganha muito dinheiro. As pessoas sérias que trabalham, os empresários que investem sabem que não está correto”.

Os manifestantes fizeram churrasco de sardinhas em frente a sede do Banco Central, em São Paulo. O ato foi uma crítica ao sistema, que de acordo com os manifestantes, “engorda os tubarões rentistas, enquanto, para o povo, só sobra sardinha”. As Centrais Sindicais também pedem a saída do atual presidente do BC, Campos Neto, indicado pelo governo Bolsonaro, com cargo vigente até o final de 2024.

O presidente da Força Sindical, Miguel Torres, afirma que o alto valor prejudica o crescimento econômico do país. “É um absurdo o que o Banco Central está fazendo com os trabalhadores, com o nosso país, jogando contra o nosso desenvolvimento e a retomada do crescimento. Por isso, fizemos as manifestações em várias capitais do país”, ressaltou.

Com informações da Agência Brasil


Leia mais sobre: / / Economia