Mais de uma semana após o naufrágio de um navio no Mar Mediterrâneo, nas proximidades da Grécia, centenas de pessoas seguem desaparecidas. Se trata de uma embarcação que naufragou no dia 14 de junho e que havia partido do Egito em direção à Líbia, onde embarcaram os cerca de 750 migrantes e que depois ia rumo à Europa.
Até foram pouco mais de 100 sobreviventes resgatados e 81 corpos recuperados, o restante segue desaparecido e pode ser que tenham morrido. Número espanta, mas é ainda pior quando somado aos dados fornecidos pelo Projeto Migrantes Desaparecidos da Organização Internacional para as Migrações (OIM), que diz haver quase 27 mil migrantes desaparecidos apenas no Mediterrâneo desde 2014.
Neste caso mais recente, outro dado que espanta é que haviam cerca de 100 crianças a bordo, o que foi confirmado por um dos sobrevivente, este entrevistado pelo canal grego de notícias ANT1. A organização Save the Children reiterou a cifra, citando relatos de sobreviventes com os quais teve contato.
Obviamente o navio não estava apto a receber tantos passageiros, mas devido às circunstâncias dos migrantes, não havia escolha. Infelizmente, no dia em que naufragou, as informações eram de que o motor estava com defeito e, pouco depois, a embarcação virou, levando de dez a quinze minutos para afundar completamente. Uma operação de resgate teve início, mas teve dificuldade de atuar por conta dos ventos fortes.
O comandante da guarda costeira Nikolaos Alexiou disse à TV pública que seus colegas viram pessoas amontoadas no convés e que o naufrágio aconteceu em uma das partes mais profundas do Mediterrâneo. Vale lembrar que a profundidade média deste mar é de 1,2 mil metros, mas que há lugares onde a profundidade chega a mais de 5 mil metros.
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