A educação em Goiás se destaca pelos avanços no uso de Internet e de equipamentos portáteis de informática e acessibilidade, é o que atestam os dados do Censo Escolar 2023. O estudo é coordenado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), vinculado ao Ministério da Educação (MEC), e é realizado para planejamento dos gastos e das políticas públicas de infraestrutura e pedagogia.
O índice aponta que 100% das escolas estaduais de Goiás contam com acesso à Internet, sendo 99% em banda larga. No percentual de computadores portáteis em relação aos alunos do Ensino Médio, Goiás saltou de 0,5% em 2019 (1.064), para 30,6% em 2023 (56.790). Já o total de computadores desktop teve avanço de 6.490 em 2019 para 8.981 em 2023.
Infraestrutura e avanço educacional
Em relação à infraestrutura nas escolas goianas, o censo aponta que o percentual de escolas com banheiros adaptados para alunos com deficiência passou de 77% em 2019 para 90% em 2023. Além disso, 100% das unidades escolares da rede pública estadual contam com água potável e cozinha. Já o índice de colégios com quadras poliesportivas passou de 65% em 2019 para 78% em 2023.
Os percentuais da distorção idade-série, ou seja, de alunos que têm idade acima da esperada para o ano em que estão matriculados, também foram destaque. Nos Anos Finais do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano), o percentual caiu de 19,7% em 2019 para 13,3% em 2023. No Ensino Médio (1ª a 3ª série), a queda é ainda maior. O número saiu de 22% em 2019 para apenas 13,7% em 2023.
Na rede estadual de Educação de Goiás, o percentual de docentes dos Anos Finais do Ensino Fundamental com formação adequada chegou a 60,7%. No Ensino Médio, por sua vez, a porcentagem é de 61,5%. Os dados indicam a proporção de professores que têm a qualificação adequada em relação à disciplina que ministram.
Conectividade móvel
Vale lembrar que em maio do ano passado a secretaria de Estado da Educação (Seduc) disponibilizou 410 mil chips de dispositivos móveis e 28 mil tablets para estudantes e professores das redes estadual e municipais em situação de vulnerabilidade social e/ou oriundos de comunidades quilombolas e indígenas por meio do programa Conectividade Móvel.
“Esse chip vai dar aos estudantes do Cadastro Único, de famílias na linha da pobreza e extrema pobreza em Goiás, um diferencial para acompanhar as aulas, revisar conteúdos e acessar informações. Tendo, dessa forma, condições de competitividade”, afirmou Caiado na época do lançamento do projeto.
Às vezes, as pessoas não têm internet em casa e precisam fazer tarefas sem ter como pesquisar o conteúdo da matéria
Glaucia Correia da Silva, uma das alunas beneficiadas com o chip com internet
A entrega é fruto do programa tem a parceria do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE)/Ministério da Educação (MEC), a União Nacional dos Dirigentes Municipais (Undime) e prefeituras municipais. O objetivo é viabilizar o acesso da comunidade escolar às ferramentas de ensino remoto.
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