Filiado ao PSD, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, aguarda números mais firmes da retomada da economia para decidir se será candidato a presidente da República nas eleições do próximo ano.
Em entrevista à revista “Veja” publicada nesta quinta (2), Meirelles afirmou que sabe ter condições para ser “presidenciável”, mas que qualquer candidato que “toque as reformas e a modernização da economia brasileira” terá “campo favorável”.
“O campo é favorável, sim. Favorável para o que eu chamo de um candidato reformista no sentido de alguém que toque as reformas e a modernização da economia brasileira como está ocorrendo. Não há dúvida de que hoje essa posição reformista é importante”, declarou.
Ele diz que tomará a decisão de ser ou não de ser candidato perto do prazo final de desincompatibilização, no dia 2 de abril.
Em meados de setembro, o ministro participou de uma reunião com deputados do PSD e com o presidente do partido, Gilberto Kassab, ministro da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações.
No encontro, Meirelles agradeceu pela intenção de lançarem seu nome à Presidência, mas disse que seria precipitado o lançamento de uma candidatura neste ano. Na conversa, o ministro não deixou claro se ele mesmo seria candidato.
A situação não mudou. Meirelles será a estrela do programa partidário do PSD, que irá ao ar a partir de 21 de dezembro. Líderes do partido afirmam que o programa mostrará as medidas que fizeram a economia recuperar a força e o ministro aparece como o sujeito dessa virada.
Em nenhum momento o programa sinaliza que Meirelles será presidenciável. A intenção é vincular o PSD às transformações da economia.
Para ser candidato, Meirelles tem outras incertezas pela frente. O destino de Kassab é um dos fatores principais. O presidente do PSD prefere se lançar ao governo de São Paulo mas, dependendo dos concorrentes, pode partir para o Senado.
Neste cenário, não é possível descartar ainda uma coligação do PSD com outro partido -e Meirelles não pretende ser vice. O ministro tem até 31 de março para tomar uma decisão.
Leia Mais:
- Candidatura de Marconi à presidência do PSDB é destaque na cobertura política da imprensa
- Marconi oficializa candidatura à presidência nacional do PSDB
- Cotado para 2018, Meirelles diz que ‘esse negócio de vice é interessante’
Leia mais sobre: Política