A Comissão Especial de Inquérito que investiga o serviço de transporte coletivo em Goiânia convocou o ex-presidente da Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC), Murilo Ulhôa. Vereadores querem saber porque a CMTC não cobrou das empresas ao pagamento de 2% da receita total do transporte e por qual motivo o ex-presidente fez uma argumentação de defesa das empresas e não de órgão fiscalizador, em uma ação judicial promovida pelo Ministério Público de Goiás.
O presidente da comissão, vereador Clécio Alves (PMDB), lembrou que atualmente as empresas são obrigadas a repassar 1% do valor arrecadado na tarifa para manutenção da CMTC, mas que em 2015, a Câmara Deliberativa de Transporte Coletivo (CDTC) aprovou aumento de 1 para 2% e as empresas não fizeram o pagamento.
“O repasse para a CMTC deveria ser de 2% e não de 1%. Isso representa cerca de R$ 400 mil por mês. A CMTC também está prevaricando, pois não está cobrando aquilo que é de direito. Desde 2015 até hoje, ela deixou de receber cerca de R$ 10 milhões”, argumentou.
Em ação judicial aberta pela promotora do Ministério Público, Leila Maria de Oliveira contra a CMTC, o órgão fez defesa das empresas no processo. O vereador Clécio Alves questiona a “defesa” realizada no processo, apenas validando o argumento das empresas de ônibus.
“A CMTC estava defendendo as empresas no processo aberto pelo Ministério Público que questionava o péssimo serviço, a falta de ônibus, a falta de abrigo, a falta de segurança, falta de assiduidade, de tudo o que o contrato exige, a CMTC disse ao contrário, desqualificando o trabalho do Ministério Público”, declarou.
Até o fechamento desta reportagem, não conseguimos contato com o ex-presidente da CMTC, Murilo Ulhôa.
Leia mais sobre: Cidades
