Em clima de ebulição, retaliações e questionamento judicial, a formação da Comissão Especial de Inquérito (CEI) para investigar o contrato do Consórcio Limpa Gyn avança com ao menos cinco blocos de bancadas e dois nomes avulsos, já definidos. Confira os blocos e parlamentares indicados ao final.
Os blocos e partidos têm nomes e componentes, mas terão de escolher internamente quem vai fazer parte da investigação. Isto porque são 37 vereadores na Câmara Municipal, mas somente sete vagas de titulares e quatro suplências na CEI.
Tradicionalmente, a formação de blocos visa dar força nas tendências de voto contra ou a favor nos assuntos tratados, também pesando apoio ou oposição aos interesses dos governos de cada momento. No caso atual, a instalação da CEI desagrada enormemente o prefeito Sandro Mabel (UB).
Mesmo assim, ela foi agilizada por membros de sua própria base. Inclusive pelo líder do governo, vereador Igor Franco (MDB).
Essa movimentação despertou uma onda de rumores vinda do Paço, sobre insatisfação da base quanto a cargos e emendas parlamentares como estimulante da investigação, mas depois, culminou na retaliação de Mabel que demitiu pessoas ligadas a alguns dos aliados que apoiaram a CEI.
Por outro lado, vereadores se mantiveram irredutíveis e, por enquanto, a instalação avança uma semana depois de a criação da CEI ter sido publicada no Diário Oficial do Município, na sexta (22). Prova disso, foi a formação dos blocos, ainda que o próprio prefeito possa se beneficiar com criação de uma eventual “resistência aliada” dentro da comissão, apesar dele, reiteradamente, afirmar que não vê necessidade, nem teme a CEI.
O Bloco “Parlamento Forte” e o “Bloco Parlamentar Goiânia”, por exemplo, são formados apenas por vereadores que, nesta mesma quinta-feira, votaram todos contra a derrubada da Taxa do Lixo, outro projeto de interesse de Mabel que está sofrendo revés na Câmara.
Presidente aguarda notificação judicial sobre dados
Nesta quinta-feira (28) a Mesa Diretora ainda não tinha sido notificada da decisão do juiz André Reis Lacerda, da 3ª Vara da Fazenda Pública Municipal de Goiânia. Na quarta ele determinou que o presidente da Câmara, Romário Policarpo (PRD), envie informações sobre a instalação da CEI da Limpa Gyn.
Isso porque o vereador Novandir Rodrigues (MDB) questiona na Justiça a legalidade da abertura da investigação legislativa sobre o contrato. Inicialmente, o magistrado negou, mas o vereador pediu reconsideração e o juiz, antes de julgar novamente o pedido, solicitou os dados à Câmara, como mostrou o Diário de Goiás na quarta.
André Reis deu 72 horas para uma resposta esclarecendo se a CEI “tem objeto delimitado, fatos certos e prazo definido”.
Bloco Parlamento Forte
Anselmo Pereira (MDB)
Henrique Alves (MDB)
Sargento Novandir (MDB)
Thialu Guiotti (Avante)
Bloco Liderança
Sanches da Federal (PP)
Heyler Leão (PP)
Dr. Gustavo (Agir)
William do Armazém (PRTB)
Bloco Parlamentar Goiânia
Tião Peixoto (PSDB)
Juarez Lopes (PDT)
Rose Cruvinel (União Brasil)
Léia Klébia (Podemos)
Bloco Governança
Markim Goya (PRD)
Ronilson Reis (Solidariedade)
Welington Bessa (DC)
Isaias Ribeiro (Republicanos)
(bloco ainda sem nome)
Igor Franco (MDB)
Geverson Abel (Republicanos)
Pedro Azulão Jr (MDB)
Luan Alves (MDB)
PT (fora de bloco)
Fabrício Rosa
PL (fora de bloco)
Willian Veloso
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