05 de dezembro de 2025
COMEÇANDO A INVESTIGAR • atualizado em 08/09/2025 às 15:49

CEI da Limpa Gyn inicia trabalhos nesta terça para investigar contratos com a Prefeitura

Comissão especial vai apurar contratos do consórcio Limpa Gyn de 2024 para cá, com oposição no comando; prefeito anuncia novo líder um dia antes do início dos trabalhos
CEI escolheu comando na semana passada e nesta terça faz primeira reunião - Foto: divulgação / Câmara Municipal de Goiânia
CEI escolheu comando na semana passada e nesta terça faz primeira reunião - Foto: divulgação / Câmara Municipal de Goiânia

A Comissão Especial de Inquérito (CEI) que investigará contratos firmados entre o consórcio Limpa Gyn e a Prefeitura de Goiânia se reúne pela primeira vez na tarde desta terça-feira (9). A expectativa é de que a agenda preliminar de atividades seja definida pelos integrantes e que ela avance com a análise de documentos para a inquirição de eventuais testemunhas, que podem ser convidadas ou intimadas.

Na semana passada, o vereador Welton Lemos (Solidariedade) foi escolhido para presidir a comissão, tendo como vice a vereadora Aava Santiago (PSDB). Para a relatoria, foi designado o vereador Willian Veloso (PL). Nenhum deles é apontado como integrante da base do governo, inclusive os três votaram a favor de derrubar a Taxa do Lixo, matéria de grande interesse do prefeito Sandro Mabel (UB).

CEI contrariou prefeito

A instalação da CEI não é uma ação aprovada pelo prefeito. Mabel criticou as articulações em torno da medida, muitas vezes indicando que era resultado de pressões por não ter atendido supostos pedidos de cargos e emendas parlamentares, sem especificar os detalhes e autores dessa pressão. E, em sinal de derrota para ele na Câmara, foi a própria base do governo que aprovou a instalação. E agora o comando da CEI figura nas mãos da oposição.

A articulação levou à queda do líder do governo, vereador Igor Franco (MDB) que inusitadamente trabalhou contra o interesse do prefeito no episódio.  Após dias dizendo que faria a troca, nesta segunda-feira (8), como noticiou o Diário de Goiás, Mabel substituiu oficialmente Igor Franco pelo vereador Wellington Bessa (DC).

Ao anunciar seu novo porta-voz no Parlamento, o prefeito falou de várias matérias importantes para o líder atuar, entretanto, não destacou a investigação que vai cobrir o contrato de 2024 para cá. Por outro lado, a confirmação de um novo líder um dia antes de a CEI iniciar suas atividades sinaliza a grande probabilidade de  correlação entre os assuntos. Isto porque a expectativa na Câmara é que o avanço dos trabalhos na análise dos contratos movimente a Casa e, por consequência, exija um líder de governo de ouvidos abertos para ajudar o Paço.

A CEI da LimpaGyn irá investigar possíveis irregularidades na execução do contrato e prestação de serviços pelo Consórcio.

Na semana passada, o diretor-executivo do Consórcio, Renan Andrade, detalhou com exclusividade ao DG, como avalia o momento. Ele enfatizou que vê a CEI como desnecessária porque já poderia ter prestados as informações que fossem pertinentes, mas nunca foi demandado pela Câmara neste sentido.

Leia também: Exclusivo: Diretor do Limpa Gyn diz que CEI é ‘desnecessária’, mas oportunidade de provar lisura do contrato

Os trabalhos da comissão devem durar 120 dias, prorrogáveis pelo mesmo período. Nesse prazo, os sete vereadores que participam devem apurar os fatos, promover diligências, analisar documentos, e organizar oitivas de testemunhas, até a elaboração e apresentação do relatório final.

CEI deve se concentrar em supostas falhas nos serviços contratados:

  • Coleta do lixo orgânico
  • Coleta do resíduo seletivo
  • Remoção de entulhos inservíveis e catatreco
  • Varrição mecanizada

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