05 de dezembro de 2025
INVESTIGAÇÃO PARLAMENTAR • atualizado em 12/08/2025 às 18:51

CEI da Limpa Gyn começa a andar na Câmara

Requerimento para criação da Comissão Especial de Inquérito recebeu 16 assinaturas, incluindo apoio de vereadores da base do prefeito
Membros da CEI da Limpa Gyn devem ser indicados pelas bancadas - Foto: Secom Goiânia / arquivo
Membros da CEI da Limpa Gyn devem ser indicados pelas bancadas - Foto: Secom Goiânia / arquivo

Foi lido nesta terça-feira (12) o requerimento de criação da Comissão Especial de Inquérito (CEI) para investigar o contrato da Prefeitura de Goiânia com o Consórcio Limpa Gyn, responsável por parte da limpeza urbana da capital. A iniciativa era polêmica e, mesmo desagradando o prefeito Sandro Mabel (UB), teve 16 assinaturas, 3 a mais que o exigido para esse tipo de requerimento, sendo muitas de vereadores da base do governo.

O requerimento que tinha sido protocolado em 10 de julho, foi o aquecimento para a volta do período legislativo depois do recesso de meio de ano na Câmara Municipal.  

Conforme divulgou a Câmara, a partir da leitura do requerimento será aberto prazo para que os partidos indiquem os componentes da comissão. A CEI deve ser formada por sete parlamentares.

O autor do requerimento é o vereador Cabo Senna (PRD). Ele apontou como justificativa, entre outros pontos, que “a cidade está suja. A abertura desta CEI, com certeza, trará um resultado muito positivo para a cidade”. 

O vereador Pedro Azulão Jr. (MDB) reforçou:  “Eu ando na periferia, ando na feira do meu bairro, e sou cobrado, eu preciso dar uma satisfação [aos eleitores]”. 

Também da base e do MDB, o 1º secretário da Câmara, Anselmo Pereira, pontuou a necessidade sobre uma definição clara das atribuições de cada entidade envolvida no serviço de limpeza urbana, lembrando, por exemplo, que o consórcio tem tarefas próximas às da a Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), além da Agência Municipal de Meio Ambiente.

“É preciso definir, de uma vez, qual é o serviço da Limpa Gyn, qual é o serviço da Comurg em Goiânia e qual é o serviço da Amma nas praças e jardins. Que nenhuma entre na área da outra, mas que façam o serviço com excelência”, argumentou.

A reportagem procurou o consórcio no início da noite desta terça para uma avaliação a respeito da CEI e ainda não houve retorno. Em julho, quando o requerimento foi protocolado, o consórcio enviou uma nota em que afirmava estar cumprindo “fielmente o contrato firmado com a Prefeitura de Goiânia”. E que, até aquele momento “o Limpa Gyn tomou conhecimento dos fatos apenas pela imprensa”.


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