Foi lido nesta terça-feira (12) o requerimento de criação da Comissão Especial de Inquérito (CEI) para investigar o contrato da Prefeitura de Goiânia com o Consórcio Limpa Gyn, responsável por parte da limpeza urbana da capital. A iniciativa era polêmica e, mesmo desagradando o prefeito Sandro Mabel (UB), teve 16 assinaturas, 3 a mais que o exigido para esse tipo de requerimento, sendo muitas de vereadores da base do governo.
O requerimento que tinha sido protocolado em 10 de julho, foi o aquecimento para a volta do período legislativo depois do recesso de meio de ano na Câmara Municipal.
Conforme divulgou a Câmara, a partir da leitura do requerimento será aberto prazo para que os partidos indiquem os componentes da comissão. A CEI deve ser formada por sete parlamentares.
O autor do requerimento é o vereador Cabo Senna (PRD). Ele apontou como justificativa, entre outros pontos, que “a cidade está suja. A abertura desta CEI, com certeza, trará um resultado muito positivo para a cidade”.
O vereador Pedro Azulão Jr. (MDB) reforçou: “Eu ando na periferia, ando na feira do meu bairro, e sou cobrado, eu preciso dar uma satisfação [aos eleitores]”.
Também da base e do MDB, o 1º secretário da Câmara, Anselmo Pereira, pontuou a necessidade sobre uma definição clara das atribuições de cada entidade envolvida no serviço de limpeza urbana, lembrando, por exemplo, que o consórcio tem tarefas próximas às da a Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), além da Agência Municipal de Meio Ambiente.
“É preciso definir, de uma vez, qual é o serviço da Limpa Gyn, qual é o serviço da Comurg em Goiânia e qual é o serviço da Amma nas praças e jardins. Que nenhuma entre na área da outra, mas que façam o serviço com excelência”, argumentou.
A reportagem procurou o consórcio no início da noite desta terça para uma avaliação a respeito da CEI e ainda não houve retorno. Em julho, quando o requerimento foi protocolado, o consórcio enviou uma nota em que afirmava estar cumprindo “fielmente o contrato firmado com a Prefeitura de Goiânia”. E que, até aquele momento “o Limpa Gyn tomou conhecimento dos fatos apenas pela imprensa”.
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