22 de novembro de 2024
Goiânia

CDTC irá aprovar reajuste da passagem de ônibus em Goiânia ainda nesta semana

Insatisfação latente pode culminar em paralisação, diz sindicato. (Foto: Reprodução)
Insatisfação latente pode culminar em paralisação, diz sindicato. (Foto: Reprodução)

A Agência Goiana de Regulação, Controle e Fiscalização dos Serviços Públicos (AGR) aprovou nesta segunda-feira (18), o cálculo da proposta de aumento do valor da passagem de ônibus de Goiânia. Atualmente, a tarifa custa R$ 4. Com o reajuste, o preço poderia subir até 7,5%, ou seja, chegaria a R$ 4,30.

Em entrevista ao jornal O Popular, o prefeito de Trindade, Jânio Darrot (PSDB), atual presidente da Câmara Deliberativa de Transportes Coletivos (CDTC), disse que irá convocar uma reunião do colegiado ainda nesta semana. Onde será discutido o reajuste da tarifa do transporte coletivo que irá vigorar até início de 2020.

A diferença entre os valores se dá porque o cálculo efetivo da tarifa é de um valor em R$ 4,28. Normalmente, a CDTC aprova o reajuste com o arredondamento para baixo, o que daria um valor de R$ 4,25. Mas, como no ano passado o valor calculado era para uma tarifa de R$ 4,07 e foi arredondado para R$ 4, existe uma tendência de compensação deste recurso. Já que, as empresas concessionárias operaram o último ano com um valor de até R$ 0,07 a menos por passagem.

Com isso, a indicação técnica para os cálculos é de que o arredondamento chegue aos R$ 4,30, compensando as perdas. No âmbito da CDTC, trata-se de uma decisão política, para evitar o desgaste, por isso há a possibilidade de manter o reajuste com o valor mais baixo, em R$ 4,25.

Darrot destaca que apenas a reunião pode definir o valor e quando ele será aplicado. Mas, normalmente o reajuste é aplicado já no próximo dia útil. Caso a reunião seja na sexta-feira (22), o novo valor passaria a ser pago na segunda-feira (25). O presidente da CDTC esteve ontem com o prefeito de Goiânia, Iris Rezende (MDB) para confirmar a viabilidade da reunião do colegiado ainda nesta semana.

Iris concordou em resolver a questão em tempo mais hábil e até mesmo cedeu o Paço Municipal para ser o local em que a reunião deve ocorrer. Darrot ainda deve conversar com os prefeitos de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (MDB), e de Senador Canedo, Divino Lemes (PSD), para confirmar a data do encontro.

“Desde que eu assumi a CDTC vi que não existe um corpo técnico, tem apenas um funcionário que é o secretário-executivo, não tem nem sede. Queremos fazer um novo modelo, criar uma agência forte, com CMTC e CDTC juntas, de modo que o reajuste vai ser apenas técnico e pronto, sem discussão política, e os prefeitos poderão discutir apenas o transporte, as melhorias, junto com os técnicos”, afirma Darrot em entrevista ao jornal O Popular.

No entanto, ele confirma que esse novo modelo de governança só deve se tornar prático ao longo do ano, não servindo para o reajuste atual. “São seis a oito meses para definir, pensar, verificar a viabilidade legal, aprovar junto à Assembleia, definir como vai ser”, considera o presidente da CDTC em entrevista ao jornal O Popular.

O vereador Lucas Kitão (PSL) que vai procurar outros membros da CDTC e fazer resistência ao aumento. O representante da Assembleia Legislativa também deve ser contra o reajuste. A vaga é disputada por Alysson Lima (PRB) e Thiago Albernaz (SD) e a escolha ainda não foi oficializada pelo presidente da Casa, Lissauer Vieira (PSB). Kitão afirma que, assim mesmo, eles serão minoria.


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