23 de novembro de 2024
Cidades

CDTC debate melhorias no transporte coletivo; nova tarifa também

Depois de mais de 6 meses, a Câmara Deliberativa do Transporte Coletivo (CDTC) realizou a primeira reunião do ano, na sede da prefeitura de Goiânia.

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A melhoria da qualidade dos serviços do transporte coletivo e o aumento da transparência marcaram as principais discussões da reunião da Câmara Deliberativa do Transporte Coletivo (CDTC), que aconteceu no final da tarde desta segunda-feira, 24, no Paço Municipal. Durante o encontro, que reuniu nove membros da CDTC, a presidenta da Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC), Patrícia Pereira Veras, apresentou estudo sobre o sistema atual e ações que influenciem de forma positiva na operação.

Após a apresentação, o colegiado (que é formado pelo presidente da CDTC, João Balestra do Carmo Filho, a presidenta da CMTC, Patrícia Pereira Veras, o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, o prefeito de Senador Canedo, Misael Oliveira, o secretário de Trânsito, Transportes e Mobilidade de Goiânia, José Geraldo Freire, o secretário municipal de Planejamento, Paulo César Pereira, o presidente da Agência Goiana de Regulação – AGR, Humberto Tannús, o deputado estadual Tales Barreto e os vereadores Carlos Soares, de Goiânia, e Valdeir Pereira, de Goianira) pactuou sobre a necessidade de se implantar medidas imediatas e de curto prazo para que o serviço de transporte coletivo atenda de forma satisfatória às demandas das populações de Goiânia e região metropolitana e também impacte de forma positiva na produtividade do sistema.

Neste sentido, os membros da CDTC avaliaram que a qualidade dos serviços está atrelada a quatro pilares: processos do sistema, usuários, equilíbrio financeiro e gestão pública. Segundo o estudo da CMTC, o avanço dos processos do sistema depende da pontualidade operacional, regularidade da operação e cumprimento das viagens especificadas por parte das empresas operadoras.

Já o atendimento às demandas dos usuários deve ocorrer a partir da melhoria do planejamento do serviço, com posterior avaliação periódica da satisfação dos mesmos. Do ponto de vista econômico-financeiro, os membros da CDTC decidiram iniciar os estudos para avaliar a necessidade de atualização da tarifa.

Em relação ao fortalecimento da gestão pública ficou definido que é importante ampliar a transparência e agilidade na transmissão das informações sobre a operação do sistema de transporte. O presidente da CDTC, João Balestra do Carmo Filho, afirma que, para isso, deve ser disponibilizado um link da Central de Controle Operacional (CCO), por parte das empresas operadoras, para acesso aos dados operacionais online (em tempo real) para representantes da CDTC e CMTC.

Com essa medida, o colegiado espera que o acompanhamento em tempo real da situação do transporte coletivo nas cidades da região metropolitana se reverta em ações mais rápidas para o atendimento da população.

A ampliação do diálogo com a sociedade foi outro ponto deliberado durante a reunião. A proposta da presidenta da CMTC, Patrícia Pereira Veras, de se criar um Conselho Metropolitano de Controle Social foi aprovada pelo grupo, que também autorizou o início dos encaminhamentos para a efetivação do mesmo.

O prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, defendeu a importância de se socializar o debate sobre a questão do transporte coletivo, ouvindo a população e apresentando as medidas que estão sendo tomadas para a melhoria efetiva do sistema. Após sugestão do prefeito, os membros da CDTC determinaram que o estudo da CMTC – discutido na reunião desta segunda-feira, 24 – seja apresentado ao Conselho Municipal de Mobilidade Urbana, em março.

Com a proposta de dar agilidade aos encaminhamentos, os integrantes da CDTC também determinaram que todos os pontos aprovados seguissem imediatamente para detalhamento das ações, executores/responsáveis e respectivos cronogramas de implantação.

Infraestrutura

A ampliação da infraestrutura para a circulação do transporte coletivo em Goiânia e região metropolitana também integrou a lista de prioridades discutidas na reunião da CDTC. Segundo a presidenta da CMTC, Patrícia Pereira Veras, os corredores preferenciais de ônibus já implantados (Universitário e T-63) melhoraram a velocidade dos veículos e reduziram  o tempo de viagem dos passageiros.

Ela reforça que o projeto da Prefeitura de Goiânia de ampliar as faixas preferenciais vai impactar positivamente na qualidade dos serviços. O prefeito Paulo Garcia destacou que a expansão dos corredores preferenciais de ônibus está contemplada nos recursos liberados pelo governo federal ao município, que serão aplicados nas obras de implantação de vias prioritárias para o transporte coletivo nas avenidas T-7, T-9, 85, 24 de outubro e Independência.

Com esses corredores preferenciais, Goiânia terá mais de 45 km destinados à circulação dos ônibus, que vão promover a integração de 66 linhas, beneficiando cerca de 600 mil usuários do transporte coletivo por dia.Atualmente, dois corredores estão em funcionamento – o Universitário e o da T-63 – e o da avenida 85 já está em fase de implantação da sinalização.

De acordo com o Paulo Garcia, esses corredores são fundamentais para o cidadão, que deixará de enfrentar longo tempo de espera, e as empresas, que terão melhor infraestrutura viária para a circulação dos veículos.

O prefeito explica que os corredores preferenciais são interligados e, assim que estiverem todos prontos, vão permitir que a circulação dos ônibus tenha cada vez mais eficiência e agilidade. “Garantir menor tempo de viagem, segurança no trânsito e abrir espaços para as bicicletas e pedestres favorecem a qualidade de vida da população e garantem mobilidade urbana com sustentabilidade”.

(Com informações da Secom/Goiânia)


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