A quarta-feira (20) foi de mais reuniões na CBF sobre a implementação do árbitro de vídeo no Campeonato Brasileiro.
Apesar das inúmeras definições sobre o caso, uma coisa já se encaminha para ser concretizada: a confederação só adotará o recurso quando tiver condições de implementá-lo em todos os dez jogos de cada rodada.
A ideia inicial de que algumas partidas poderiam ficar sem o árbitro de vídeo por questões técnicas repercutiu mal nos corredores e entre clubes, logo sendo abortada pelo presidente da CBF, Marco Polo Del Nero.
Com isso, a utilização do árbitro de vídeo na rodada do próximo fim de semana é praticamente descartada.
A CBF corre, inclusive já tendo iniciado testes com um maior número de árbitros, para que se tenha o recurso o quanto antes. Por ora, a expectativa é a implementação na 26ª rodada.
A Globo, parceira, detentora e quem irá dar o aval para o início da utilização do vídeo na arbitragem, se posicionou pela primeira vez sobre o caso é admitiu que o “projeto demanda tempo”.
Confira o comunicado completo da emissora:
“Globo e Globosat colaboram com o projeto de vídeo arbitragem pois entendemos ser uma evolução natural do esporte em concordância com os diversos players internacionais ligados ao Futebol. Estamos em conversas com a CBF desde o início de 2016 sobre de que maneiras poderíamos cooperar com a Confederação para a implementação do Árbitro de Vídeo no Campeonato Brasileiro. Avaliamos alternativas e soluções e fizemos testes na prática. A partir destes resultados, apresentamos propostas para atender a demanda de produzir todos os 380 jogos do Brasileirão, que levam em conta as regras da FIFA e a IFAB (Federação Internacional de Arbitragem) e as premissas da CBF. Estas propostas estavam sendo avaliadas para uma possível implementação em 2018. Foram feitos testes offline (sem interferência no resultado do jogo) nas Finais do Campeonato Carioca 2016 e um teste online (com comunicação com árbitro) na final do campeonato pernambucano 2017. Mas devido à complexidade da operação, esse é um projeto que demanda tempo para selecionar, treinar operadores, padronizar estádios com equipamentos necessários, simular testes com os times de operador de replay, técnico e árbitro de vídeo CBF. Vale lembrar que o sinal dos jogos produzidos tanto pela Globo como pela Globosat tem o objetivo único de gerar a melhor cobertura e experiência para o telespectador. Para o projeto de vídeo arbitragem são necessários ajustes e inclusões de câmeras que não fazem parte do modelo atual de captação de TV.”
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