10 de agosto de 2024
Cidades

Catarina, uma das gêmeas siamesas retorna para casa

A bebê Catarina, umas das gêmeas siamesas separadas em Goiânia há 24 dias, chegou à Bahia hoje (15), e encontra-se em situação estável. Segundo o médico cirurgião Zacharias Calil, que realizou a operação com sua equipe, a médica responsável em Salvador ligou para ele informado a situação “Deu tudo certo na viagem e ela encontra-se bem”, afirma. A menina recebeu alta na noite de ontem, as 20h40, do Hospital Materno Infantil (HMI) e foi para a cidade natal da família com a avó.

Enquanto isso, a outra gêmea Débora, que possui uma cardioplastia cianogênica, ainda segue internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal do hospital, respira com ajuda de aparelhos e “ainda aguarda regulação para uma unidade de saúde especializada que terá todo o suporte cardiológico que ela precisa”, explica Zacharias Calil. A mãe das meninas, Viviane de Menezes, de 30 anos, segue acompanhando a outra filha na unidade.

“Temos três crianças na fila de espera, pode ser que Débora receba alta e seja transferida a qualquer momento. Não depende de nós. Enquanto isso, ela está recebendo todo o suporte necessário até a liberação”, garante o cirurgião pediátrico. 

Separação

As gêmeas, que estavam unidas pelo tórax e abdômen, nasceram no último dia 23 de agosto em uma cirurgia que durou mais de quatro horas e meia e foi realizada pelo médico Zacharias Calil e mais 12 profissionais. Após a cirurgia, as meninas, que nasceram de 37 semanas, se alimentaram por meio de sonda e ficaram em estado grave, até que mãe pode ter o primeiro contato físico com Catarina, ocorrido no último dia 4.

Débora não teve o mesmo contato, devido a uma transposição dos grandes vasos do coração, aonde o sangue venoso se mistura com o sangue oxigenado. Isso acontece, pois as artérias estão em posições expostas e causa sérios danos no funcionamento do corpo. Devido a isso, a sua recuperação acontece de forma mais lenta porque o tecido não recebe o oxigênio adequado.

Mesmo em estado crítico, as meninas conseguiram sobreviver e a recuperação passou ser classificada pela equipe médica como “surpreendente”. Este foi o primeiro caso no mundo de uma cirurgia de separação de gêmeos siameses com menos de 24 horas de vida.


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