O prefeito eleito em Serranópolis, Lidevam Ludio de Lim, e sua vice-prefeita, Cleosmar de Almeida, tiveram seus diplomas cassados, após ação de investigação judicial eleitoral proposta pelo Ministério Público Eleitoral. A decisão é do juiz Rodrigo de Castro Ferreira e os políticos ainda podem recorrer.
A partir da argumentação da promotora Keila Martins Ferreira Garcia, ambos foram condenados por propaganda irregular, compra de voto e abuso de poder econômico. Também foi condenado o sócio-diretor da Energética Serranópolis, Francisco Queiroz Dourado, por agir em apoio aos candidatos.
De acordo com a sentença, os três deverão pagar multa individual para cada ato ilícito, somando R$ 61,2 mil, além de serem considerados inelegíveis pelos próximos oito anos. A decisão também proíbe a realização de propaganda eleitoral da Energética Serranópolis em seus departamentos, dependências, veículos e centros de convivência.
“Diante da quantidade de atos imputados aos investigados, em vários núcleos de atuação, constato que a empresa foi utilizada ativamente na campanha dos investigados Lidevam e Cleosmar, em que sua estrutura, envergadura, trabalhadores e equipamentos foram empregados no período eleitoral para que os candidatos obtivessem mais votos”, ressaltou o juiz.
O caso
Segundo o MP Eleitoral, os três condenados utilizaram a estrutura da empresa Energética para realizar atos em prol da campanha eleitoral deste ano, usufruindo de influência e poder econômico para orientar funcionários da empresa a votarem em Lidevam e Cleosmar.
O MP também apurou que funcionários foram “coagidos a adesivar seus veículos particulares e uniformes” e “receberam ordens para que comparecessem em passeata dos candidatos. Além disso, Francisco chegou a discursar em comício de Lidevam.
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