21 de dezembro de 2024
Brasil • atualizado em 12/02/2020 às 23:50

Casos de microcefalia indicam nova doença, afirma neuropediatra

A presidente da Associação de Assistência à Criança Deficiente do Recife, neuropediatra Vanessa Van der Linden, defende que os novos casos de microcefalia que estão surgindo no Nordeste e em Goiás revelam uma nova doença desconhecida.

Mesmo sem diversos testes que comprovem a teoria de pesquisadores, é possível que haja uma relação entre o Zika vírus e o surgimento de casos de microcefalia.

“Se é provocada pelo Zika ou por outro vírus, ou outro agente, não sabemos. O que posso dizer é que os casos não seguem o padrão que a gente vê nas outras pacientes [gestantes] que têm infecção congênita e filhos com microcefalia”, explica a neuropediatra.

De acordo com o Ministério da Saúde, o número de casos em todo o Brasil subiu de 147 para 739 em 2015. Do total, 487 são apenas em Pernambuco. Em Goiás existe um caso suspeito.

A microcefalia é uma malformação congênita, em que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada. O normal é que os bebês nasçam com perímetro cefálico superior a 33 centímetros. Os que possuem microcefalia nascem com perímetro cefálico menor que isso.

Segundo Vanessa, à medida que novos casos apareciam eram pedidos exames para toxoplasmose e citomegalovírus. No entanto, todos deram negativo. Para a especialista, existem casos em que os bebês conseguem se desenvolver e outros que possuem convulsões e não atingem o desenvolvimento adequado.

Com informações da Agência Brasil

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