O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de Jair Bolsonaro (PL), deixou a sede da Polícia Federal (PF), em Brasília, depois das 21h desta quinta-feira (31), após ser ouvido por mais de 12 horas. O depoente, diferente do ex-presidente, de Michelle Bolsonaro, do advogado Fábio Wajngarten, e do coronel Marcelo Câmara, ex-assessor da Presidência da República, não ficou calado na investigação do inquérito que apura um suposto esquema de venda de joias recebidas pelo ex-presidente em viagens ao exterior.
Além de Mauro Cid, outros que falaram durante depoimento à PF foram Frederick Wassef, advogado da família Bolsonaro, o tenente Osmar Crivelatti, ex-assessor da Presidência da República, e o pai de Cid, general Mauro Lourena Cid. Eles não ficaram em silêncio. A informação foi confirmada pela própria PF e divulgada pela CNN.
Sobre o silêncio de Michelle, a ex-primeira dama se posicionou sobre a decisão de permanecer calada. “Não se trata de ficar em silêncio. Estou totalmente à disposição para falar na esfera competente e não posso me submeter a prestar depoimento em local impróprio, como já restou expressamente consignado pela Procuradoria Geral da República (PGR), o STF não se mostra o órgão jurisdicional correto para cuidar da presente investigação”, diz o comunicado.
Uma reportagem da CNN, porém, diz que a decisão do silêncio foi tomada depois que a defesa do casal obteve informações de que o ex-ajudante de ordens Mauro Cid teria feito confissões importantes à PF em seu depoimento. Isso, por que, na segunda-feira (28), Mauro Cid passou outras dez horas na sede da PF, em Brasília, sendo ouvido.
Já sobre Wassef, único ouvido pela PF fora de Brasília, o depoimento durou cerca de quatro horas. Antes de entrar no prédio ele falou com a imprensa e negou ter cometido qualquer irregularidade ou mudado de versão das suas declarações sobre as joias.
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