07 de agosto de 2024
Análise • atualizado em 26/09/2022 às 16:12

Candidatos bolsonaristas tendem a crescer na reta final, mas a dúvida é se será suficiente

Major Vitor Hugo e Wilder Morais concorrem a governador e senador, respectivamente, com o apoio oficial de Jair Bolsonaro
Wilder Morais, Jair Bolsonaro e Major Vitor Hugo (Foto: Reprodução)
Wilder Morais, Jair Bolsonaro e Major Vitor Hugo (Foto: Reprodução)

Apesar de o presidente Jair Bolsonaro (PL) liderar as pesquisas de intenção de voto em Goiás, seus candidatos oficiais em Goiás, Major Vitor Hugo (PL) e Wilder Morais (PL), postulantes a governador e senador, respectivamente, ainda não apresentam o mesmo desempenho.

No entanto, considerando as últimas duas eleições, de 2018 e 2020, caso seja mantida a tradição, a tendência é a de que candidatos bolsonaristas cresçam na reta final de campanha. A dúvida é se esse crescimento será suficiente para obter sucesso nas urnas.

Em 2018, três dias antes das eleições, Wilson Witzel (à época do PSC e, atualmente, no PMB) tinha apenas 9% para governador do Rio de Janeiro, segundo o Datafolha. No fim, porém, ele terminou em primeiro lugar, com 41%, um movimento que só foi parcialmente captado pelas pesquisas de boca de urna.

Em 2020, no pleito para prefeito de Goiânia, Gustavo Gayer (à época no DC e, atualmente, no PL), tinha somente 2% a uma semana da votação, de acordo com o Serpes. Embora tenha terminado na quarta posição, ele surpreendeu a todos ao alcançar 7,6%.

Esses são só dois exemplos recentes, entre tantos espalhados pelo Brasil, de bolsonaristas que apresentaram crescimento nos últimos dias. Em parte, o fenômeno pode ser explicado pelo chamado voto envergonhado dos eleitores que preferem não declarar sua preferência com antecedência.

Em 2022, Major Vitor Hugo e Wilder Morais querem repetir o feito de Witzel. Parece certo que eles ainda vão crescer mais. O crescimento, contudo, pode ser como o de Gayer em 2020: expressivo, mas sem a quantidade de votos necessária para a vitória. Saberemos quando às urnas forem abertas no dia 2 de outubro.

LEIA TAMBÉM: Múltiplas candidaturas bolsonaristas ao Senado em Goiás favorecem Marconi Perillo

No caso da corrida pelo governo, joga contra o candidato do PL o fato de Gustavo Mendanha (Patriota) também ser identificado com o bolsonarismo. A pulverização de votos atrapalha ambos. Para o Senado, a situação é parecida, com o agravante de que há mais nomes que disputam parte desse eleitorado: Delegado Waldir (União Brasil), João Campos (Republicanos) e Alexandre Baldy (Progressistas). O Diário de Goiás já mostrou a avaliação de que as mútiplas candidaturas bolsonaristas, tendem a favorecer Marconi Perillo.


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