22 de dezembro de 2024
Eleições 2024 • atualizado em 20/08/2024 às 08:54

Candidatos afiam críticas no segundo debate para prefeito de Goiânia, na TBC

A discussão foi marcada por troca de farpas e apresentação de ideais
Foto: Leo Iran
Foto: Leo Iran

A TV Brasil Central (TBC) realizou, na noite desta segunda-feira (19), o segundo debate com candidatos à Prefeitura de Goiânia. Com a presença de todos os concorrentes à disputa, com exceção de Professor Pantaleão (UP), a discussão, que durou cerca de três horas, foi marcada por críticas tecidas pelos políticos aos seus adversários.

Primeiro candidato a fazer um questionamento, Sandro Mabel (UB) direcionou a Vanderlan Cardoso (PSD) uma pergunta sobre a denúncia feita por Malafaia sobre projeto do cigarro eletrônico, em tramitação no Senado, sugerindo inclusive a retirada da matéria da pauta. Vanderlan respondeu ser contra os cigarros eletrônicos e esclareceu tratar-se de uma discussão que ocorre há meses no Congresso. Disse que pediria a retirada do texto da pauta, mas deixou claro não ser “um ditador”. Além disso, sugeriu que o debate fosse voltado ao que interessa, que é a cidade de Goiânia.

Pouco depois, Fred Rodrigues (PL) questionou Adriana Accorsi (PT) sobre a retirada do adjetivo “delegada” do registro de sua candidatura e a troca da cor vermelha pelo lilás, sugerindo que ela estaria tentando esconder o seu partido. A candidata respondeu que a população de Goiânia já conhece o seu trabalho como delegada e deputada estadual e federal e justificou que a cor lilás, escolhida para sua campanha, se dá em referência à luta pelo direitos da mulher e o combate à violência contra mulheres.

Rogério Cruz defendeu os seus quatro anos de gestão, com apresentação de números voltados aos feitos no período. Os demais candidatos, no entanto, não o pouparam de críticas. A afirmativa é de esta ser a pior gestão de todos os tempos. Fred Rodrigues, por sua vez, atribuiu os problemas da cidade como algo advindo do PT e afirmou que, se o partido assumir a administração da cidade, a população vai “sentir saudades do Rogério Cruz”.

Troca de farpas

Já Matheus Ribeiro (PSDB) sustentou a proposta da renovação em Goiânia e protagonizou trocas de farpas com Fred Rodrigues. O candidato do PL, que já havia recebido de Vanderlan o comentário de que nunca administrou sequer um carrinho de picolé, dentre outras críticas, mencionou o partido de Ribeiro como “papel higiênico” do PT. Matheus rebateu com um questionamento à postura “agressiva e afobada” de Rodrigues e reiterou que a cassação do candidato. “Foi cassado por não conseguir prestar contas de um campanha para vereador em que teve 700 votos. Como é que você vai gerir Goiânia?”, disse.

Matheus disse, ainda, que Fred Rodrigues é “descontrolado”, “despreparado”, “imaturo”, “boneco do Bolsonaro”, “sem ideias para Goiânia” e afirmou que este estaria “tapando buraco do partido”, com a afirmativa de que o candidato foi o plano B da sigla, lançado após desistência de Gayer à disputa. “Baixa um pouco a bola e deixa o tom chegar no tom da civilidade, do raciocínio. Quero ver se aguenta esse debate”, provocou. “Já pensou esse diálogo na cadeira da prefeitura? É essa postura que você quer para essa cidade?”, questionou Ribeiro ao público.

Apresentação de propostas

Além do rebate às críticas, os candidatos defenderam suas propostas durante o debate, voltadas à saúde, educação, assistência social, dentre outras. Sandro Mabel reiterou a questão do trânsito, com defesa à liberação da faixa da direita, restrita a ônibus do transporte coletivo. Em referência ao problema do lixo na capital, o candidato disse que “irá desencardir Goiânia” e propôs transformar a gestão da Comurg, para torná-la eficiente.

Adriana Accorsi demonstrou o desejo em tornar-se a primeira prefeita da capital, representar as mulheres de Goiânia, atuar na segurança pública da cidade, criar vagas em Cmeis e escolas em tempo integral. A candidata também propôs renovação da frota do transporte coletivo, dentre outras melhorias, como a ampliação de vagas em CMEIs e a criação de uma solução para a crise do Samu.

Já Vanderlan Cardoso, defendeu suas propostas de melhorias à cidade, com a afirmativa de ser “o único candidato independente, capaz de mudar a realidade de Goiânia”. A referência se deu em função de Adriana Accorsi ter o apoio do atual presidente, Lula, e Fred Rodrigues, do ex-presidente, Bolsonaro. E, também, pelo fato de Sandro Mabel ser projetado pelo governador Ronaldo Caiado, e Matheus Ribeiro estar ligado ao ex-governador, Marconi Perillo.

Confira, abaixo, o debate completo:


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