14 de agosto de 2024
ELEIÇÕES 2024

Candidata em Senador Canedo, Cristiane Pina promete energia solar de graça a 20 mil famílias

Proposta da candidata é construir usina de 10 megawatts para beneficiar 20 mil famílias mais vulneráveis; já tramita no Congresso projeto para instalação de painéis solares para famílias de baixa renda
Cristiane Pina espera levantar os recursos junto à União e de emendas parlamentares - Foto Divulgação
Cristiane Pina espera levantar os recursos junto à União e de emendas parlamentares - Foto Divulgação

A candidata à Prefeitura de Senador Canedo, a médica Cristiane Pina (SD) prometeu energia solar a custo zero para moradores de baixa renda do município. O compromisso é um dos carros-chefes da campanha e, segundo estima a candidata, beneficiaria mais de 20 mil famílias de baixa renda.

Ela espera levantar os recursos junto à União “para fazer uma usina de 10 megawatts que dá para atender em torno de 20 mil famílias”. Segundo Cristiane, a ideia é seguir um modelo já aplicado no município de Santo André, em São Paulo.

Segundo a estimativa de Cristiane, seria necessário investimento de R$ 10 milhões para um custo de manutenção por 30 anos levando energia solar para 20 mil famílias, “com instalação inclusa”.

Dinheiro pode vir de emendas, diz candidata

“Dá para fazer até por emendas parlamentares. Conseguimos fazer [a usina] com quatro hectares [de área]”, avalia. A ideia é beneficiar famílias de um cadastro específico do município, segundo Cristiane, “porque muitas não conseguem ser atendidas no CadÚnico por falta de documentação que comprove” a situação de vulnerabilidade exigida pelo programa federal.

O projeto, entretanto, enfrenta algumas questões de ordem política e de mercado. Em termos políticos, já tramita no Congresso Nacional o projeto de lei 624/2023 que cria o Programa Renda Básica Energética (REBE).

PL já em discussão no Senado

O PL já prevê o uso de recursos da Tarifa Social de Energia Elétrica para a instalação de painéis solares nas casas de famílias brasileiras de baixa renda. Em discussão no Senado, o projeto prevê garantir eletricidade para famílias em situação de vulnerabilidade social que consumam até 220 quilowatts/hora por mês. A proposta já foi aprovada na Câmara dos Deputados.

Em termos de mercado, mesmo que uma prefeitura adquira as placas solares com preços menores, por se tratar de compra em larga escala, o custo do projeto elétrico e da mão de obra para instalação não sofrem variação. É o que explica um especialista no comércio e instalação de energia solar de Goiânia que prefere não ser citado.

Hoje o mínimo instalado pela empresa dele, por exemplo, é um kit com 4 placas solares e custo de R$ 7 mil. “É o suficiente para produzir até 270 quilowatts/hora em uma residência sem ar condicionado e sem freezer”, informa.

Além disso, observa ele, esse é um público que já tende a ser beneficiado pelos programas sociais que envolvem tarifa básica. “Já é uma população que tem consumo muito baixo”, pontua.

Cristiane Pina admitiu que não conhece o projeto que tramita no Congresso, mas pontuou que existem outros projetos similares, “a exemplo do que acontece nas casas que são entregues do governo federal, que vem [com energia solar] já instalada para os banheiros, para os chuveiros elétricos.”

A candidata reforça o apelo ambiental para o uso da energia solar. “É uma temática que o mundo, como um todo, está tratando. A questão da sustentabilidade, as energias renováveis. Além disso, defende a proposta como sendo inovadora e de grande impacto social.

Uma casa por dia

Outra promessa ousada da candidata é a construção de 1.460 casas populares, uma média de uma casa por dia durante os quatro anos de mandato. “Essa iniciativa demonstra o compromisso de Dra. Cristiane com a moradia digna e a redução do déficit habitacional no município”, divulgou a campanha dela.


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