O Ministério da Saúde prorrogou a Campanha Nacional de Vacinação, com foco na vacina contra poliomielite, doença que causa paralisia infantil, até o dia 30 de setembro. O ofício, enviado ontem (5) aos secretários estaduais e municipais de Saúde justifica que a procura pelas vacinas e baixa adesão à campanha foram abaixo do esperado. Somente 34% do público-alvo, crianças entre 1 e 4 anos, foi vacinado contra a polio.
No documento, a pasta justifica a ação. “O Programa Nacional de Imunizações permanece alertando sobre a importância e o benefício da vacinação do público-alvo das campanhas para a manutenção da eliminação da poliomielite, uma vez que a doença permanece como uma prioridade política, nacional e internacional, e a erradicação só será possível mediante esforços globais, e pela necessidade de proteger as crianças e adolescentes contra as doenças imunopreveníveis e respectivamente melhorar as coberturas vacinais”.
Médicos alertam sobre o risco de volta da doença depois que novos casos foram registrados no Brasil e no exterior. Em 1994, o Brasil foi considerado um país livre da poliomielite, mas, com a baixa adesão vacinal, aumentam as preocupações. A meta do Ministério da Saúde é imunizar 95% de um total de 14,3 milhões de crianças em todo o país.
Campanha
Além da vacina contra a polio, também estão disponíveis 18 tipos de imunizantes contra várias doenças. Desta vez, o objetivo da ação é voltado também para a imunização de adolescentes menores de 15 anos, de acordo com o Calendário Nacional de Vacinação.
As vacinas do Calendário Nacional de Vacinação, disponíveis para atualização da carteirinha, são: hepatite A e B; penta (DTP/Hib/Hep B); pneumocócica 10 valente; VRH (vacina rotavírus humano); meningocócica C (conjugada); VOP (vacina oral poliomielite); febre amarela; tríplice viral (sarampo, rubéola, caxumba); tetraviral (sarampo, rubéola, caxumba, varicela); DTP (tríplice bacteriana); varicela e HPV quadrivalente (papilomavírus humano).
Também estão à disposição para adolescentes as vacinas HPV, dT (dupla adulto); febre amarela; tríplice viral, hepatite B, dTpa e meningocócica ACWY (conjugada).
O Ministério da Saúde esclarece que a vacinação contra covid-19, também em andamento, não atrapalha a administração e efeito dos outros imunizantes, e que, portanto, as vacinas podem ser tomadas de maneira simultânea ou com qualquer intervalo, para pessoas acima de 3 anos de idade.
Segundo o Ministério da Saúde, todos os imunizantes que integram o Programa Nacional de Imunizações (PNI) são seguros e estão registrados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
(Com informações da Agência Brasil)
Leia mais sobre: Campanha Nacional de Vacinação / Ministério da Saúde / vacinação infantil / Brasil / Saúde