O aumento do PIS/Cofins dos combustíveis foi o estopim para a paralisação dos caminhoneiros nesta terça-feira (1º).
“O diesel ficou até R$ 0,46 mais caro por litro e a categoria, que já não tem reajuste no valor do frete há 15 anos, não suporta mais esse aumento”, diz o presidente da Unicam (União Nacional dos Caminhoneiro), José Araújo da Silva, o China.
Os caminhoneiros reivindicam ainda que seja aprovado projeto de lei, que prevê uma tabela com valor mínimo para o frete; que a aposentadoria desses profissionais ocorra com 25 anos de carreira; e que o governo reveja a redução no quadro de policiais rodoviários.
“É um absurdo que sejam impostas regras novas aos caminhoneiros, sem haver o respeito às leis vigentes no setor”, diz China.
De acordo com ele, fazem parte desta manifestação caminhoneiros autônomos, que normalmente têm até três caminhões.
“Mas nada impede que pequenas empresas que também são prejudicadas façam adesão ao protesto.”
A entidade ainda está fazendo um balanço do protesto, mas China afirma que como não houve sinalização do governo para uma negociação, por isso, é possível que as manifestações continuem.
IMPACTO
Na Rodovia Anchieta, os manifestantes bloquearam o acesso ao Porto de Santos.
De acordo com a assessoria de imprensa da Ecovias, que administra a estrada, foram cerca de 3 km de congestionamento durante todo o dia no acesso ao porto.
A Ecovias afirma que as outras rodovias administradas pela concessionária não tiveram impacto da paralisação. Além da Anchieta, a concessionária administra a Imigrantes, Manoel da Nóbrega e Cônego Domênico Rangoni.
A CCR, que administra o Rodoanel Via Oeste, parte da Castelo da Castelo Branco e da Raposo Tavares, afirma que em suas rodovias não houve impacto da manifestação.
Em Minas Gerais, os caminhoneiros bloquearam a rodovia BR-381, no km 361, em João Monlevade (129 km). Já no Espírito Santo, o bloqueio ocorreu no km 11 da rodovia BR-262, em Viana. (Folhapress)
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