07 de agosto de 2024
Destaque • atualizado em 21/07/2021 às 14:08

Caminhoneiros em Goiás confirmam greve a partir da próxima segunda (26)

Foto: reprodução.
Foto: reprodução.

O presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga de Goiás (Sinditac), Vantuir Rodrigues, explica o porquê estes profissionais vão aderir à greve dos caminhoneiros prevista para a próxima segunda-feira (26). Para Vantuir, o não cumprimento do piso do frete é um dos principais fatores da insatisfação da categoria.

“A situação do caminhoneiro autônomo no país está insustentável, não só em Goiás, mas em todos os estados brasileiros. Existe uma lei do piso mínimo do frete que até agora não foi cumprida. Esse piso mínimo do frete, de acordo com o aumento do óleo diesel, o frete acompanha, mas o frete está estagnado há muito tempo. Não vai haver fechamento de rodovia, mas o caminhoneiro não vai mais movimentar porque ele não dá mais conta”, disse.

O presidente concedeu entrevista ao Diário de Goiás e destacou também que a região Sul é uma das fortes concentrações dos profissionais em todo o país e que lá o movimento é intenso em adesão à greve.

“O forte do caminhoneiro é o Sul e tá quase parado, né? E hoje entraram em contato comigo aqui no Centro-Oeste e a determinação de todo o caminhoneiro é que vão parar, mas não vai trancar rodovia, não vai trancar nada, mas está tendo adesão do caminhoneiro celetista, que estão passando as mesmas dificuldades”, explicou.

Questionado se haverá uma cobrança específica de alguma autoridade política, Vantuir explanou que os caminhoneiros não têm o que cobrar, por exemplo, do governo estadual, mas, sim, do cumprimento da lei que protege a categoria.

“Veja só, o governo estadual não temos nada com ele, nós temos uma lei que conquistamos e essa lei não entrou em vigor até hoje ainda”, pontua.

O presidente lembra também que até agora as promessas e as conquistas dos caminhoneiros não foram cumpridas, segundo ele tudo está aumentando, exceto o valor do frete.

“Tem muitas coisas que tiraram dos caminhoneiros que não foram cumpridos e até agora não aconteceu nada. E o petróleo, por exemplo, aqui em Goiás as companhias do petróleo estão com o frete achatado há muito tempo e o autônomo trabalhando há muito tempo sem dar conta. Tudo aumenta, e o frete fica estagnado”, destaca.

Sobre possíveis novas manifestações ou greves reivindicando direitos da categoria, Vantuir diz que essa greve do dia 26 pode terminar somente após um acordo de resolver os problemas dos profissionais.

“Esta paralisação me parece que enquanto não resolver essa situação do caminhoneiro de um modo geral e as coisas que realmente precisa que entre em vigor no país parece que não vai ter uma retomada não, não, viu?”, concluiu.


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