Caminhoneiros que apoiam o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) continuam com motores dos veículos desligados na manhã desta quinta-feira (09/09), em Goiás. Eles pedem a destituição dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e a implantação de medidas apoiadas pelo capitão da reserva como o voto impresso. No momento, três pontos da BR153 são alvos de manifestações, mas o fluxo para veículos é permitido, com exceção do trecho em Itumbiara que impede veículos de carga. As informações foram atualizadas na manhã desta quinta-feira (09/09).
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), houve outros três pontos de bloqueios.
Na BR153 em Itumbiara, de acordo com a PRF, o bloqueio da via é parcial para veículos de carga, com uma das faixas liberadas para carros de passeio, cargas perecíveis, emergências e transporte de passageiros.
Em Porangatu, não há interdição de fluxo, mas há manifestação com concentração de veículos de carga, o mesmo se dá no trecho da BR em Uruaçu.
O outro é na GO-020, no sentido Bela Vista-Goiânia que permanece bloqueado. Apenas veículos de passeio e com carga perecível, de emergência e transporte de passageiros podem seguir. Manifestantes tentam bloquear os caminhões. Goiânia-Bela Vista segue normal.
Em Mineiros, na BR-364, houve bloqueio parcial, mas a pista nesta quinta-feira (09/09) está totalmente liberada. Também no sudoeste, em Santa Rita do Araguaia, na BR-364, manifestantes chegaram a fazer bloqueio parcial, mas agora o trânsito flui normalmente e sem interdições.
Líder dos autonômos diz que não compactua com movimento
A paralisação dos caminhoneiros que ocorre em vários pontos do estado de Goiás é movida substancialmente por celetistas funcionários de empresas ligadas ao agronegócio. A afirmação é do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga (Sinditac), Vantuir José Rodrigues. “Nós, trabalhadores autônomos, não temos nada a ver com essa paralisação. Não temos nada contra o Supremo Tribunal Federal”, destacou ao Diário de Goiás.
Vantuir destaca que elas não vão para frente e que em breve devem ser desmobilizadas. “Já estou sabendo que em Itumbiara tem perdido força”, pontuou. “Nós que trabalhamos de forma autônoma, não temos nada a ver com isso”.
Anteriormente, também em entrevista ao Diário de Goiás, Vantuir já havia descartado uma paralisação para dar corpo ao ato do dia 7 de setembro em apoio ao presidente Jair Bolsonaro. “Não concordamos com a paralisação”. “Nós não temos nada a ver com o STF não. O STF trabalha na Constituição. Não é para a categoria de caminhoneiros na frente para falar que vai tirar esse sistema de ministros do país não”, reforçou.
Não é só em Goiás que os caminhoneiros realizaram bloqueios em rodovias, o que gera temor na Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística), que divulgou nota nesta quarta-feira (08/07) repudiando as paralisações.