21 de dezembro de 2024
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Caminhoneiros bolsonaristas desbloqueiam rodovias federais de Goiás e mantém manifestação apenas na BR153, em Uruaçu

(Foto: BR153/Reprodução)
(Foto: BR153/Reprodução)

Os caminhoneiros bolsonaristas que bloqueiam vias em Goiás começam a dispersar. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) dos três pontos na BR-153, apenas um trecho em Uruaçu segue com manifestação. Por lá, o trânsito é livre para cargas perecíveis, carros de passeio, transportes de passageiros e emergências. Não há interdição de fluxo. As informações foram atualizadas no fim da manhã desta quinta-feira (09/09).

Nas rodovias estaduais na GO-020, no sentido Bela Vista-Goiânia o bloqueio continua. Apenas veículos de passeio e com carga perecível, de emergência e transporte de passageiros podem seguir. Manifestantes tentam bloquear os caminhões. Goiânia-Bela Vista segue normal. Desde ontem, caminhoneiros bolsonaristas começaram a bloquear as vias em Goiás e em vários estados brasileiros. Hoje (09), três pontos da BR153 amanheceram bloqueados. 

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O presidente da República, Jair Bolsonaro, apelou ontem (08) para que os caminhoneiros com raízes ideológicas não parassem. Ele ressaltou que reconhece a importância da classe mas que não era com a paralisação que os problemas seriam resolvidos. “Sei do poder que eles [caminhoneiros] têm, reconheço o trabalho que eles fazem, mas acredito que a paralisação não interessa a nenhum de nós. Agradeço aos caminhoneiros, por tudo que eles tem feito e suportado. Preço de combustível, pedágios altos, novas concessões…”

A paralisação dos caminhoneiros que ocorre em vários pontos do estado de Goiás é movida substancialmente por celetistas funcionários de empresas ligadas ao agronegócio. A afirmação é do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga (Sinditac), Vantuir José Rodrigues. “Nós, trabalhadores autônomos, não temos nada a ver com essa paralisação. Não temos nada contra o Supremo Tribunal Federal”, destacou ao Diário de Goiás.

Vantuir destaca que elas não vão para frente e que em breve devem ser desmobilizadas. “Já estou sabendo que em Itumbiara tem perdido força”, pontuou. “Nós que trabalhamos de forma autônoma, não temos nada a ver com isso”.

Anteriormente, também em entrevista ao Diário de Goiás, Vantuir já havia descartado uma paralisação para dar corpo ao ato do dia 7 de setembro em apoio ao presidente Jair Bolsonaro. “Não concordamos com a paralisação”. “Nós não temos nada a ver com o STF não. O STF trabalha na Constituição. Não é para a categoria de caminhoneiros na frente para falar que vai tirar esse sistema de ministros do país não”, reforçou.

Entidade teme desabastecimento

Não é só em Goiás que os caminhoneiros realizam bloqueios em rodovias, o que gera temor na Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística), que divulgou nota nesta quarta-feira (08/07) repudiando as paralisações.

“NTC&Logística vem manifestar total repúdio às paralisações organizadas por caminhoneiros autônomos com bloqueio do tráfego em diversas rodovias do País, por influência de supostos líderes da categoria. Trata-se de movimento de natureza política e dissociado até mesmo das bandeiras e reivindicações da própria categoria, tanto que não tem o apoio da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos”, afirmou a associação em nota.

No posicionamento, a Associação destaca que é fundamental os governos federais e estaduais adotarem providências para assegurar o “direito de ir e vir” e a circulação das rodovias em “todo o território nacional”. A preocupação gira em torno, inclusive, do abastecimento à população.  “As empresas de transporte rodoviário de cargas, desde que garantido o livre trânsito dos seus veículos, terão condições de assegurar a continuidade do normal abastecimento em toda a cadeia de produção e consumo para a tranquilidade de todos”, afirma a entidade.


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