27 de novembro de 2024
Destaque • atualizado em 09/09/2021 às 11:12

Caminhoneiros autônomos não aderem a paralisações em Goiás, afirma líder

(Foto: Reprodução)
(Foto: Reprodução)

A paralisação dos caminhoneiros que ocorre em vários pontos do estado de Goiás é movida substancialmente por celetistas funcionários de empresas ligadas ao agronegócio. A afirmação é do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga (Sinditac), Vantuir José Rodrigues. “Nós, trabalhadores autônomos, não temos nada a ver com essa paralisação. Não temos nada contra o Supremo Tribunal Federal”, destacou ao Diário de Goiás.

Vantuir destaca que elas não vão para frente e que em breve devem ser desmobilizadas. “Já estou sabendo que em Itumbiara tem perdido força”, pontuou. “Nós que trabalhamos de forma autônoma, não temos nada a ver com isso”.

Anteriormente, também em entrevista ao Diário de Goiás, Vantuir já havia descartado uma paralisação para dar corpo ao ato do dia 7 de setembro em apoio ao presidente Jair Bolsonaro. “Não concordamos com a paralisação”. “Nós não temos nada a ver com o STF não. O STF trabalha na Constituição. Não é para a categoria de caminhoneiros na frente para falar que vai tirar esse sistema de ministros do país não”, reforçou.

Não é só em Goiás que os caminhoneiros realizaram bloqueios em rodovias, o que gera temor na Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística), que divulgou nota nesta quarta-feira (08/07) repudiando as paralisações.

Entidade teme desabastecimento

“NTC&Logística vem manifestar total repúdio às paralisações organizadas por caminhoneiros autônomos com bloqueio do tráfego em diversas rodovias do País, por influência de supostos líderes da categoria. Trata-se de movimento de natureza política e dissociado até mesmo das bandeiras e reivindicações da própria categoria, tanto que não tem o apoio da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos”, afirmou a associação em nota.

No posicionamento, a Associação destaca que é fundamental os governos federais e estaduais adotarem providências para assegurar o “direito de ir e vir” e a circulação das rodovias em “todo o território nacional”. A preocupação gira em torno, inclusive, do abastecimento à população.  “As empresas de transporte rodoviário de cargas, desde que garantido o livre trânsito dos seus veículos, terão condições de assegurar a continuidade do normal abastecimento em toda a cadeia de produção e consumo para a tranquilidade de todos”, afirma a entidade.

Paralisação política

Caminhoneiros que apoiam o presidente Jair Bolsonaro fazem bloqueios em três pontos de duas rodovias em Goiás. São dois na BR-153: o primeiro deles foi na BR-153, no km 702, sentido Sul e Norte, próximo à divisa com Minas Gerais. A informação foi confirmada pela Triunfo Concebra. Em Porangatu, no norte do estado, há um bloqueio parcial, também com uma das faixas liberadas para carros de passeio e transporte de cargas perecíveis.

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), houve outros três pontos de bloqueios. Em Mineiros, na BR-364, houve bloqueio parcial mas, no momento, a pista está totalmente liberada. Também no sudoeste, em Santa Rita do Araguaia, na BR-364, manifestantes chegaram a fazer bloqueio parcial, mas agora o trânsito flui normalmente e sem interdições.


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