Os caminhoneiros autônomos de cargas não pretendem parar nem paralisar os serviços durante o dia 7 de setembro, onde acontecem atos em favor do presidente da República, Jair Bolsonaro, por todo o Brasil. Na pauta, estão críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF), onde alguns chegam a pedir destituição dos ministros. “Não concordamos com a paralisação no dia 7 de setembro”, garante o presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Cargas (Sinditac), Vantuir José Rodrigues em entrevista ao Diário de Goiás.
Uma enxurrada de mensagens passou a ser compartilhada à medida que os atos do dia 7 de setembro se aproximam. Alguns dizem que os motoristas irão cruzar os braços, desligar os motores e não irão retomar os trabalhos enquanto o Supremo Tribunal Federal não tiver seus ministros destituídos. “Nós não temos nada a ver com o STF não. O STF trabalha na Constituição. Não é para a categoria de caminhoneiros na frente para falar que vai tirar esse sistema de ministros do país não”.
Segundo Vantuir, a pauta está avessa à realidade que o caminhoneiro vive. “Acho que tá tudo na contramão. O caminhoneiro precisa brigar por aquilo que ele conquistou, que é o piso mínimo do frete. Não só o caminhoneiro autônomo, mas as empresas, estão todos quebrados e com esses aumentos constantes de combustíveis fica pior ainda.”
Para o presidente, setores do agronegócio têm utilizado alguns caminhoneiros para protagonizar uma pauta que não corresponde à realidade da categoria. “Para acabar de danar estamos enfrentando o agronegócio que está desfavorável ao caminhoneiro com o valor do frete transportado no país. Justamente esse agronegócio que está usando o caminhoneiro para destituir o STF. Está usando a categoria para poder se dar bem. Mas a maior parte da categoria, que são caminhoneiros verdadeiros, jamais irão participar dessas manifestações.”
