Câmeras de segurança registraram a fuga de presos do CPP (Centro de Progressão Penitenciária) de Bauru, interior paulista, na terça-feira (24). De acordo com o governo Geraldo Alckmin (PSDB), 152 detentos fugiram.
As imagens, de empresas vizinhas ao presídio, mostram dezenas de presos correndo em uma área descampada. A fuga em massa ocorreu na manhã de terça-feira e casou pânico na cidade (a 329 km de SP), com fechamento de comércio, escolas e órgãos públicos.
Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária, cem fugitivos haviam sido recapturados até a noite de terça.
A fuga ocorreu após um tumulto durante uma revista de rotina. O estopim, diz o governo, foi quando um agente penitenciário surpreendeu um dos presos com um celular.
Os detentos incendiaram colchões e parte da unidade e começaram a escapar. A unidade abriga presos no regime semiaberto. Por isso, não conta com muralhas nem segurança armada, sendo cercada só por alambrados.
A polícia nega haver domínio do PCC (Primeiro Comando da Capital) na prisão -versão contestada pelo Sindcop (sindicato dos servidores penitenciários), para quem a facção domina a unidade.
O governo procura desvincular esse episódio da guerra entre facções que levou a massacres no Amazonas, Roraima e Rio Grande do Norte.
Fugas em massa em prisões no Estado de São Paulo já resultaram, em quatro meses, num saldo de ao menos 704 presos foragidos temporariamente, o equivalente à lotação máxima de unidade prisional inteira.
Folhapress
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