A Polícia Civil vai analisar as imagens de câmeras de segurança da concessionária CCR para tentar desvendar o acidente que matou nesta segunda-feira (11) o jornalista Ricardo Boechat, 66.
O helicóptero em que o jornalista estava com o piloto Ronaldo Quattrucci, 56, que também morreu, caiu em trecho do Rodoanel que dá acesso à rodovia Anhanguera, na zona oeste de São Paulo.
Segundo o delegado Luís Roberto Hellmeister, titular da 46ª Delegacia de Polícia (Perus), que conduz as investigações, as imagens serão enviadas pela concessionária nesta terça (12). Ele, porém, já recebeu um ofício com a descrição do conteúdo de um advogado da CCR.
O caminhão teria colidido com o helicóptero enquanto estava a cerca de 45 km/h, a cerca de 100 m da cabine de pedágio por onde passou. “Se não houvesse um caminhão ali, talvez fosse possível ter feito um pouso forçado”, diz Hellmeister.
Antes de sumir entre os viadutos, a aeronave fez uma manobra no ar, mostrando que estava sem controle, e sumiu entre os viadutos. O delegado descarta que tenha ocorrido queda livre.
O delegado diz que não é possível saber se Boechat se atirou do helicóptero antes da queda. Mas diz que considera “muito difícil” que isso tenha ocorrido por causa da dinâmica dos fatos. As câmeras da CCR não teriam captado esse momento.
A Polícia Civil ouviu, até o início da tarde desta terça (12), duas testemunhas -o motorista do caminhão que colidiu com o helicóptero e uma mulher que testemunhou o acidente. Investigadores estão em busca de novas testemunhas. (JÚLIA ZAREMBA, SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)
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