12 de setembro de 2024
Polêmica • atualizado em 30/11/2022 às 15:40

Câmara de Goiânia rejeita projeto sobre licenciamento de estandes de tiro

Proposta apresentada pelo vereador Clécio Alves gerou indignação em representantes do setor
Vereador Clécio Alves, que apresentou projeto para licenciar estandes de tiro em Goiânia, mas não conseguiu votos suficientes para aprová-lo (Foto: Divulgação/Câmara Municipal de Goiânia)
Vereador Clécio Alves, que apresentou projeto para licenciar estandes de tiro em Goiânia, mas não conseguiu votos suficientes para aprová-lo (Foto: Divulgação/Câmara Municipal de Goiânia)

A Câmara Municipal de Goiânia rejeitou, durante sessão ordinária, nesta quarta-feira (30/11), o projeto de lei, apresentado pelo vereador Clécio Alves (Republicanos), que tratava sobre o licenciamento e a regularização de estandes de tiro na capital.

Dos 35 vereadores, 24 participaram da votação, sendo que 22 se manifestaram contrários e apenas Mauro Rubem (PT) e Luciula do Recanto (PSD) foram favoráveis. O próprio Clécio decidiu não votar, mas, antes do resultado, resolveu se pronunciar.

Thialu Guiotti (Avante) solicitou que a proposta fosse incluída na pauta e, em seguida, pediu vistas. “De novo? Você Excelência já pediu vistas. Não tem condição o mesmo vereador pedir vistas, não. Vota isso logo. Acaba com esse negócio agora”, respondeu Clécio, que presidia a sessão.

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Lucas Kitão (PSD), então, requisitou votação no painel e, após Sargento Novandir (Avante) argumentar que o projeto prejudicaria donos de clubes de tiro, Clécio afirmou o seguinte: “Eu nem ia discutir essa porcaria. Agora, eu vou discutir”.

De acordo com o autor da proposta, ela não prevê retirada de direitos dos empresários do ramo. O parlamentar também defendeu a responsabilidade do município para tratar sobre o assunto. “Fiz um projeto para regulamentar uma situação que não existe”, disse. “Se tirar direito, renuncio ao mandato de vereador.”

Clécio aproveitou o momento, ainda, para criticar tentativas de intimidá-lo em seu gabinete, bateu boca com um manifestante contrário que se fez presente, insistiu que alterações poderiam ter sido feitas no texto e reforçou que sua ideia era ajudar. “Goiânia não tem regularização. As outras capitais têm.”

Contudo, na avaliação de atiradores, que protestaram na Câmara Municipal desde quando a matéria entrou em pauta, o projeto era desnecessário porque a regulamentação já é feita no Exército, seguindo a legislação federal existente.


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