A Câmara Municipal de Goiânia rejeitou, durante sessão ordinária, nesta quarta-feira (30/11), o projeto de lei, apresentado pelo vereador Clécio Alves (Republicanos), que tratava sobre o licenciamento e a regularização de estandes de tiro na capital.
Dos 35 vereadores, 24 participaram da votação, sendo que 22 se manifestaram contrários e apenas Mauro Rubem (PT) e Luciula do Recanto (PSD) foram favoráveis. O próprio Clécio decidiu não votar, mas, antes do resultado, resolveu se pronunciar.
Thialu Guiotti (Avante) solicitou que a proposta fosse incluída na pauta e, em seguida, pediu vistas. “De novo? Você Excelência já pediu vistas. Não tem condição o mesmo vereador pedir vistas, não. Vota isso logo. Acaba com esse negócio agora”, respondeu Clécio, que presidia a sessão.
LEIA TAMBÉM: Com projeto em tramitação, Câmara de Goiânia debate licenciamento de estandes de tiro
Lucas Kitão (PSD), então, requisitou votação no painel e, após Sargento Novandir (Avante) argumentar que o projeto prejudicaria donos de clubes de tiro, Clécio afirmou o seguinte: “Eu nem ia discutir essa porcaria. Agora, eu vou discutir”.
De acordo com o autor da proposta, ela não prevê retirada de direitos dos empresários do ramo. O parlamentar também defendeu a responsabilidade do município para tratar sobre o assunto. “Fiz um projeto para regulamentar uma situação que não existe”, disse. “Se tirar direito, renuncio ao mandato de vereador.”
Clécio aproveitou o momento, ainda, para criticar tentativas de intimidá-lo em seu gabinete, bateu boca com um manifestante contrário que se fez presente, insistiu que alterações poderiam ter sido feitas no texto e reforçou que sua ideia era ajudar. “Goiânia não tem regularização. As outras capitais têm.”
Contudo, na avaliação de atiradores, que protestaram na Câmara Municipal desde quando a matéria entrou em pauta, o projeto era desnecessário porque a regulamentação já é feita no Exército, seguindo a legislação federal existente.
Leia mais sobre: Camara Municipal / Clécio Alves / Goiânia / tiro / Política