A Câmara de Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo) aprovou na noite desta terça-feira (20) a abertura de uma CP (Comissão Processante) contra a prefeita afastada Dárcy Vera (PSD). Após ficar presa por 11 dias, Dárcy obteve habeas corpus para deixar a prisão, mas segue sem sequer poder pisar em prédios públicos.
Dárcy foi presa no último dia 2, após ser denunciada sob acusação de corrupção passiva, peculato e associação criminosa.O pedido de CP, protocolado pelo advogado Igor Lorençato Rodrigues, foi aprovado por unanimidade pelos vereadores. A comissão será presidida por Marcos Papa (Rede).
Na mesma sessão, foi lido o pedido de renúncia de Capela Novas (PPS), único dos nove vereadores afastados após a operação Sevandija que obteve a reeleição.O pedido foi protocolado nesta segunda-feira (19) na Câmara. Os parlamentares, por unanimidade, negaram o pedido de renúncia. Ele também enviou ao Fórum local um documento em que abdica do próximo mandato, alegando razões pessoais. A reportagem não conseguiu ouvi-lo nesta terça.
Capela, que já havia faltado à diplomação, nesta segunda-feira, é alvo de um processo de cassação no conselho de ética da Casa. Se perder o mandato por quebra de decoro, poderá ficar inelegível por até oito anos.
Os vereadores foram afastados por suspeitas de envolvimento com a indicação de nomes para trabalhar na empresa Atmosphera, que tinha contrato com uma companhia da prefeitura e era usada para abrigar apadrinhados políticos, segundo a investigação.
Também há a suspeita de que vereadores recebiam propina do empresário Marcelo Plastino, dono da empresa e que foi encontrado morto em seu apartamento.O então presidente da Câmara, Walter Gomes, um dos flagrados em encontro com Plastino, foi preso na última semana.
(FOLHAPRESS)
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