10 de agosto de 2024
Mundo • atualizado em 13/02/2020 às 00:35

Caixa-preta não indica explosão em avião russo que caiu no mar Negro

Uma autoridade militar russa afirmou nesta quinta-feira (29) que, de acordo com os registros na caixa-preta do avião militar que caiu no domingo (25) no mar Negro, não houve explosão a bordo.

A queda do Tupolev 154 matou todos os 92 passageiros, incluindo mais de 60 membros do coral do Exército russo.

“Chegamos à conclusão de que não houve nenhuma explosão a bordo”, disse o general Sergei Bainetov, que não descarta um ataque terrorista. “Ainda não descartamos essa versão.”

Bainetov, que lidera a comissão militar que investiga as causas do acidente, afirmou que um ataque terrorista não necessariamente envolveria uma explosão e que diversos fatores podem ter contribuído para a queda. Segundo ele, um atentado poderia ser causado “por ação mecânica”.

O general russo informou ainda que os voos do modelo Tupolev 154 estão suspensos durante a investigação, mas que devem retomados assim que a apuração for concluída, o que não deve ocorrer antes do fim de janeiro. “Esperamos chegar às conclusões finais daqui a no mínimo 30 dias.”

As equipes de busca encontraram nesta quarta (28) a segunda caixa-preta da aeronave -a primeira havia sido localizada no dia anterior.

O avião desapareceu dos radares na madrugada de domingo, dois minutos depois de decolar do aeroporto de Sochi, quando seguia para a base aérea russa em Latakia, noroeste da Síria.

A bordo viajavam um terço dos integrantes do coral do Exército Vermelho, que passariam a noite de Ano-Novo com os soldados russos enviados à Síria, onde apoiam o regime do ditador Bashar al-Assad na guerra contra os grupos rebeldes. Cerca de 4.300 soldados russos estão na Síria.

Vários Tupolev-154 sofreram acidentes nos últimos anos. Em 2010, uma aeronave deste modelo com 96 pessoas a bordo, entre elas o presidente polonês Lech Kaczynski e altos funcionários, caiu quando tentava aterrissar próximo de Smolensk, no oeste da Rússia. Todos os ocupantes morreram.

Um ano antes da queda do avião com o presidente polonês, outro acidente grave com uma aeronave do mesmo modelo, ocorrido em 10 de julho, que seguia do Irã para Armênia, caiu e deixou 168 mortos. Em 2006, três anos antes, um Tupolev russo da Pulkovo Airlines, com 170 pessoas a bordo, caiu a 45 km de Donetsk, na Ucrânia, quando seguia para São Petersbusgo.

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