Entre janeiro a setembro de 2016, a Caixa Econômica Federal alcançou lucro líquido de R$ 3,4 bilhões, dos quais R$ 998,1 milhões somente no terceiro trimestre. O resultado operacional apresentou elevação no trimestre e alcançou R$ 811 milhões. No acumulado do ano, o resultado operacional avançou 8,7%, totalizando R$ 1,6 bilhão, refletindo o aumento do relacionamento com clientes, o controle da qualidade da carteira de crédito e a racionalização das despesas administrativas.
A margem financeira gerencial totalizou R$ 35,2 bilhões no ano, crescimento de 7,8% em 12 meses, influenciada pela evolução de 10,1% nas receitas de operações de crédito e 3,1% nas despesas de captação. No terceiro trimestre, a margem alcançou R$ 11,9 bilhões com evolução de 8,8% sobre o mesmo período do ano passado.
O índice de inadimplência encerrou setembro em 3,48%, abaixo da média de mercado que apresentou 3,73%. O crescimento no período foi influenciado por um grupo econômico específico do setor de óleo e gás. Excluído esse efeito, a inadimplência alcançaria 3,26% e ficaria estável em relação ao trimestre anterior e ao terceiro trimestre de 2015.
O comportamento da inadimplência demonstra que as ações de aperfeiçoamento da gestão de risco, da cobrança e de todos os demais elementos do ciclo do crédito continuam a produzir os efeitos desejados, e a CAIXA mantém o perfil histórico de qualidade de sua carteira, com 90,7% do crédito classificado nos ratings de melhor qualidade, de AA-C.
No trimestre, as despesas de provisão para devedores duvidosos somaram R$ 5,1 bilhões, 16,6% menor se comparado ao terceiro trimestre de 2015. No acumulado até setembro, essas despesas totalizaram R$ 15,2 bilhões, redução de 3,4% em relação ao mesmo período de 2015.
No ano, as outras despesas administrativas aumentaram 3,2% quando comparadas aos nove primeiros meses de 2015, abaixo da inflação acumulada no período, de 8,5%. As despesas de pessoal foram impactadas pelo acordo coletivo de trabalho e cresceram 9,2%. Sem esse efeito, a despesa de pessoal cresceria 5,1%, e também ficaria abaixo da inflação acumulada no período.
A ampliação do relacionamento com clientes gerou aumento de 9,1% nas receitas com prestação de serviços, em relação ao mesmo período de 2015. Os principais destaques foram as receitas com contas correntes, convênios e cobrança, e administração de fundos de investimento, que cresceram, respectivamente, 36,8%, 11 % e 8,8% em 12 meses. Com esses avanços, os índices de cobertura de despesas de pessoal e administrativos continuaram a apresentar melhoria e aumentaram, respectivamente, 1 p.p. e 1,8 p.p. em 12 meses, chegando a 104,8% e 67,2%.
O índice de eficiência operacional aumentou 1,4 p.p. alcançando 54,4% ao final de setembro, indicador também impactado pelo acordo coletivo de trabalho. Sem esse impacto ele ficaria estável na comparação com o segundo trimestre desse ano.
Ao final de nove meses, a CAIXA possui R$ 2,1 trilhões em ativos administrados, com destaque para seus ativos próprios, que alcançaram R$ 1,2 trilhão, avanço de 6,5%. O índice de Basileia encerrou o período em 13,5%.
A carteira de crédito ampla apresentou saldo de R$ 699,6 bilhões, crescimento de 5 % em 12 meses e participação de 22,2% no mercado, avanço de 1,4 p.p. O crescimento das operações de habitação, saneamento e infraestrutura, e crédito consignado, que possuem baixo risco, foram os principais responsáveis pelo aumento da carteira.
O crédito habitacional, principal segmento de crédito da CAIXA, com saldo de R$ 401,5 bilhões e evolução de 6,7% em 12 meses, representa 66,8% do mercado. As operações de saneamento e infraestrutura apresentaram saldo de R$ 77,8 bilhões, avanço de 13,8% em 12 meses.
As operações comerciais com pessoas físicas e pessoas jurídicas totalizaram R$ 193,5 bilhões, redução de 1,9% em 12 meses, influenciadas, principalmente, pelo segmento pessoa jurídica, que apresentou queda de 4,2%. O segmento comercial pessoa física apresentou estabilidade no mesmo período, tendo como destaque o crédito consignado, que cresceu 8 %, e fechou o terceiro trimestre com saldo de R$ 62,9 bilhões.
O saldo das captações da CAIXA chegou a R$ 954,4 bilhões em setembro, com crescimento de 5,7 % em 12 meses, e em volume suficiente para cobrir 136,4% da carteira de crédito. A evolução no saldo foi influenciada, principalmente, pelos acréscimos de 26,4% em CDB e 2,8% na poupança.
Até setembro deste ano, a CAIXA injetou R$ 516,4 bilhões na economia brasileira por meio de contratações de crédito, distribuição de benefícios sociais, investimentos em infraestrutura própria, remuneração de pessoal, destinação social das loterias, dentre outros. Alcançou 85,9 milhões de correntistas e poupadores, alta de 4,2% em 12 meses. Os clientes pessoas físicas chegaram a 83,4 milhões, e os pessoas jurídicas a 2,5 milhões.
Atualmente a rede de atendimento da CAIXA conta com 60,6 mil pontos de atendimento, nos quais foram realizadas 6,2 bilhões de transações bancárias nesses nove meses. São 4,2 mil agências e postos de atendimento, 25 mil correspondentes CAIXA Aqui e lotéricos, e 31,4 mil máquinas distribuídas nos postos e salas de autoatendimento. O banco possui 95,1 mil empregados concursados, além de 14,8 mil estagiários e aprendizes.
Carteira de Habitação:
As contratações da carteira de crédito habitacional somaram R$ 57,1 bilhões de janeiro a setembro, dos quais R$ 44,3 bilhões com recursos do FGTS, incluindo subsídios, e R$ 11,5 bilhões com recursos do CAIXA/SBPE, além de R$ 1,3 bilhão com outros recursos. A CAIXA continua líder nesse segmento com participação no mercado de 66,8%.
Crédito Comercial:
A carteira de crédito comercial atingiu R$ 193,5 bilhões de saldo e R$ 164,6 bilhões contratados no período. As operações com pessoas físicas alcançaram saldo de R$ 103,4 bilhões, estável em 12 meses. O segmento de pessoa jurídica totalizou saldo de R$ 90,1 bilhões, com redução de 4,2% no mesmo período. O crédito consignado foi o principal destaque no segmento pessoa física, com volume contratado de R$ 21,7 bilhões e saldo de R$ 62,9 bilhões, crescimento de 8 % em 12 meses. A participação da CAIXA no mercado de crédito consignado avançou 0,5 p.p. em 12 meses, alcançando 21,9% em setembro de 2016.
Saneamento e infraestrutura:
As operações de saneamento e infraestrutura contrataram R$ 6,6 bilhões de janeiro a setembro, crescimento de 23%, e alcançaram saldo de R$ 77,8 bilhões, com evolução de 13,8% em 12 meses.
Rural:
O Crédito Rural CAIXA atingiu saldo de R$ 6,6 bilhões e as contratações totalizaram R$ 4 bilhões em nove meses.
Captações de Recursos:
Uma das principais fontes de recursos para o crédito imobiliário, a poupança apresentou saldo de R$ 241,1 bilhões ao final de setembro de 2016, alta de 2,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. A CAIXA permaneceu na liderança do mercado, com 37,5% de participação, ganho de 1,1 p.p. em 12 meses. Atualmente a CAIXA possui 67,6 milhões de contas de poupança, crescimento de 1,6% em relação a setembro de 2015.
Os depósitos a prazo somaram R$ 206,9 bilhões em setembro, evolução de 24,5% em 12 meses. Os recursos em CDB correspondiam a 66,6% desse total, com saldo de R$ 137,8 bilhões, alta de 26,4% em relação ao mesmo período de 2015. Na mesma comparação, os depósitos judiciais aumentaram 20,8%, atingindo saldo de R$ 69 bilhões.
Benefícios Sociais e ao Trabalhador:
Ao final de setembro, foram pagos cerca de 123,4 milhões de benefícios sociais, correspondendo a R$ 20,9 bilhões. O principal programa de transferência de renda, Bolsa Família, pagou cerca de 119,1 milhões de benefícios no período, totalizando R$ 20,1 bilhões.
Em relação aos programas voltados ao trabalhador, a CAIXA foi responsável por realizar 123,8 milhões de pagamentos de benefícios, que totalizaram R$ 179,5 bilhões. Entre eles o Seguro-Desemprego, Abono Salarial e PIS, corresponderam a R$ 41,4 bilhões.
A CAIXA também realizou 49 milhões de pagamentos de aposentadorias e pensões aos beneficiários do INSS, que totalizaram R$ 59,2 bilhões.
A arrecadação do FGTS atingiu R$ 88,3 bilhões e os saques, R$ 78,9 bilhões, resultando em uma captação líquida de R$ 9,4 bilhões. Em setembro de 2016, o Fundo era composto por 150,8 milhões de contas.
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