10 de agosto de 2024
"É regalia!" • atualizado em 27/02/2023 às 15:04

Caiado volta a criticar visitas íntimas em presídios: ‘Porta de entrada para ordens de assassinatos de autoridades’

O governador ainda voltou a destacar que visita íntima é regalia e permissão é prerrogativa da Polícia Penal
O governador Ronaldo Caiado criticou novamente a decisão que permitia visitas íntimas a presos em penitenciárias goianas (Foto: Rerodução/CNN)
O governador Ronaldo Caiado criticou novamente a decisão que permitia visitas íntimas a presos em penitenciárias goianas (Foto: Rerodução/CNN)

O governador Ronaldo Caiado (União Brasil) voltou a criticar publicamente a decisão judicial que permitiu visitas íntimas a presos em penitenciárias goianas. Em entrevista nesta segunda-feira (27/02) a CNN Brasil, o chefe do executivo destacou que a concessão pode ser “porta de entrada” para que presos possam enviar ordens de assassinatos a autoridades, “principalmente policiais militares e policiais penais”.

“Agora, nós sabemos e vocês por várias vezes já noticiaram o quanto uma visita íntima é porta de entrada com que leve ordem para assassinar autoridades, principalmente, policiais militares e policiais penais que tomam conta das penitenciárias, muitas vezes a entrada de droga e telefone celular”, destacou Caiado ao voltar a destacar que visita íntima não tratava-se de direito. “É uma regalia”, frisou.

Caiado ainda destacou que no passado, havia a visita intima era utilizada como moeda de troca para presos que usavam as relações sexuais como pagamento de dividendos. “Ao mesmo tempo, tivemos vários antes de nós assumirmos o governo, que chefe de quadrilha que exigia que uma irmã de algum preso que devia a ele, era obrigada a ter relação sexual com ele. Todo esse processo foi se deteriorando e as penitenciárias se tornaram bunkers daqueles que mandavam ordens e comandavam a criminalidade nos estados”, relembrou.

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Caiado ainda destacou que os investimentos feitos em segurança ao longo dos últimos três foram milionários e que uma decisão no sentido dar direito ao preso neste momento, vai na contramão das ações de planejamento do Estado. “Nós gastamos por mês mais de 50 milhões de reais para manter 21 mil e 600 presos. Investimos mais de 83 mil reais na construção de três penitenciárias de segurança máxima e reformamos outras penitenciárias existentes. Estamos num caminho em que conseguimos resultados”, pontua.

Parcela significativa desses investimentos foram feitos em construção de cela para diminuir a superlotação dos presídios. “A reação que eu tive naquele momento, foi mandar construir vagas para não haver superlotação e de repente me impõe uma exigência em que eu teria de montar um quarto de motel para atender pessoas de alta periculosidade?”, indagou.

“Pessoas que praticaram feminicídio, estupro? Pessoas que ao mesmo tempo comandam facções criminosas. Essa política precisa ser muito bem discutida com os governadores. Quem faz a política de segurança pública é o governador e a estrutura de segurança pública”

Ronaldo Caiado em entrevista a CNN

Relação com o governo federal é “republicana”

O governador Ronaldo Caiado também pontuou sobre o relacionamento que vem tendo com o governo federal. Apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) especialmente no segundo turno das eleições de 2022, o gestor estadual destacou que Lula tem tido a “postura de quem faz política” e a relação tem sido “republicana”.

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Ele também destacou que essa relação republicana dentro da “liturgia” dos cargos tem gerado “bons resultados”. O debate do BRT e da reformulação da região metropolitana do entorno do Distrito Federal tem sido bons indicativos de que o diálogo tem sido positivo. O projeto está saindo do papel. 

“Diante do quadro, eu tenho tratado todos os assuntos de forma muito republicana e também ao mesmo tempo com toda a liturgia do cargo que exerço como  governador e respeitando a liturgia do cargo do presidente da República, com bons resultados. Entre eles, por exemplo, no entorno de Brasília, que envolve mais de 1 milhão e 200 mil goianos que ali vivem e pessoas que migraram para aquela região do estado em relação ao transporte ali daquela região de Brasília”, pontuou.


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