22 de dezembro de 2024
'Destruição da federação'

Caiado volta a criticar reforma tributária: “transforma governador em ordenador de despesas”

Enérgico, Caiado disse que a reforma tributária caminha para destruir entes federativos
O governador Ronaldo Caiado (União Brasil) criticou mais uma vez a reforma tributária em tramitação no Congresso Nacional (Foto: Edinan Ferreira/SGG)
O governador Ronaldo Caiado (União Brasil) criticou mais uma vez a reforma tributária em tramitação no Congresso Nacional (Foto: Edinan Ferreira/SGG)

O governador Ronaldo Caiado (União Brasil) voltou a direcionar críticas a reforma tributária em debate no Congresso Nacional, nesta segunda-feira (22/05), em coletiva à imprensa. Ainda sem o texto completo para apreciação, o chefe do executivo goiano destacou que preliminarmente, o projeto não é bom para os Estados e Municípios. O assunto estará em pauta do Fórum dos Governadores que ocorrerá na próxima quarta-feira (24/05), em Brasília.

“Se forem transformar, o governador em ordenador de despesas estarão mutilando a federação. Não se pode em nome de uma reforma tributária que todos nós queremos desburocratizar, sim, poder aglutinar os dados e dar mais facilidade as empresas. Não se pode em nome dessa reforma, destruir a federação”, disparou à jornalistas na manhã desta segunda-feira (22).

Para Caiado, não se pode, em nome de uma reforma tributária, tirar dos entes federativos a liberdade de investimentos e alertou: o texto pode trazer prejuízos. “Se forem transformar, o governador em ordenador de despesas estarão mutilando a federação. Não se pode em nome de uma reforma tributária que todos nós queremos desburocratizar, sim, poder aglutinar os dados e dar mais facilidade as empresas. Não se pode em nome dessa reforma, destruir a federação”, elencou.

Caiado disse que a simplificação de tributos pode funcionar em outros países. “Mas numa outra realidade”, salientou. Ele mirou na Argentina ao criticar o modelo. “Se fosse verdade, que isso resolveria os problemas fiscais do país a Argentina não estaria vivendo o que vive. Nós não podemos partir de uma tese que precisa ser melhorada mas ao melhorar a reforma tributária não se pode matar a federação brasileira. São realidades distintas”, avaliou.

Para Caiado, não se pode “jogar no lixo” tudo o que foi conquistado pelos estados ao longo das décadas. “A tese como dizia o Malan “até o passado é incerto no Brasil”, imagina nós governadores, abrir mão da nossa capacidade de poder reconhecer a realidade dos nossos estados, implantar políticas regionalizadas e de repente, sermos tutelados por um repasse que virá para Goiás e nem eu, nem a Alego teremos grandes coisas a fazer. O que nós apoiamos seria esta simplificação do quadro tributário. Não se pode pegar tudo que construímos ao longo de todos esses anos e jogar no lixo”, ponderou.


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