08 de agosto de 2024
Brasil • atualizado em 03/11/2020 às 20:46

Caiado vai à Brasília pedir rapidez em projetos que tratam de endividamentos dos Estados: “Não dá mais para esperar”

Se projeto não for aprovado até dezembro, estado de Goiás pode ficar em situação delicada
Se projeto não for aprovado até dezembro, estado de Goiás pode ficar em situação delicada

O governador Ronaldo Caiado (DEM) esteve em Brasília nesta terça-feira (03/11) em encontro com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e do Senado Federal, Davi Alcolumbre (DEM-AP) e a pauta foram as medidas que o mandatário goiano vem defendendo para garantir o equilíbrio fiscal do Estado. A reunião foi conjunta e tratou de problemas enfrentados por outros Estados.

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Em entrevista coletiva após o encontro Caiado reforçou o senso de urgência na tramitação e aprovação de um projeto de lei complementar que corre na Câmara dos Deputados. É a PLP 101/2020 que trata-se da sucessão de um outro projeto que ficou conhecido como Plano Mansueto, mas que acabou caindo por terra e não vingando entre os parlamentares. “Devido à situação difícil dos Estados, não dá mais para esperar”, pontuou Caiado.  

Caiado reforçou que pediu sensibilidade aos presentes na reunião e que aprovem com urgência a PLP. Classificou que do contrário, Goiás viverá um muro de lamentações na virada do ano. “É o que eu disse ao próprio presidente da Câmara, como também do Senado e aqui ao, secretário da Fazenda, que eles não podem transformar o 31 de dezembro numa sexta-feira da paixão, porque a liminar de Goiás encerra dia 31 de dezembro e Goiás não tem como arcar com essa situação se não tivermos esse projeto de lei aprovado.” Maia teria se comprometido a colocar o projeto em votação no próximo dia 17. Alcolumbre se comprometeu a incluir a matéria na pauta do Senado 48 horas após votação pela Câmara.

Ao exemplificar a importância da aprovação do projeto, o governador lembrou que atualmente o Estado sobrevive graças a uma liminar do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspende o pagamento das dívidas junto à União. No entanto, ela vence em 31 de dezembro. “Goiás não tem como arcar com essa situação se não tivermos esse projeto de lei aprovado.”

Sobre o teto de gastos, que é um dos tópicos abordados no PLP 101, Caiado defendeu uma maneira de “regularizar o alongamento da dívida” para que os Estados consigam assumir e cumprir seus compromissos. No caso de Goiás, frisou que o desrespeito ao teto de gastos foi herdado da gestão anterior, referente ao ano de 2018. “Se não tivermos como regularizar essa situação, vamos pagar uma multa de R$ 350 milhões. Isso nos impõe uma situação de insolvência completa.”

Caiado lembrou, ainda, que desde que assumiu o governo estadual, com déficit de R$ 4,2 bilhões e R$ 1,6 bilhão em salários atrasados, trabalha arduamente para “fazer a tarefa de casa” e ingressar no Regime de Recuperação Fiscal (RRF). “O Estado de Goiás cortou 8% das suas despesas, fez a reforma da Previdência, fez a reforma do Estatuto do Servidor, fez corte dos incentivos fiscais. Agora, nós precisamos ter uma lei para que realmente tenha o mínimo de tranquilidade”, concluiu.


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