O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), deve se reunir nesta semana com a presidente nacional do Podemos, Renata Abreu, para discutir a possibilidade de concorrer à Presidência da República em 2026 pela legenda. O movimento ocorre em meio à fragmentação interna do União Brasil, partido pelo qual Caiado foi reeleito governador e que, segundo ele, enfrenta um momento de “muita dispersão política”.
“Se em 1989 o PDS não quis me dar a legenda e eu em pouco tempo fiz o PSD, por que agora não vou conseguir ter um partido para concorrer ao Planalto? Já está decidido e eu vou ser candidato a presidente em 2026”, afirmou o governador ao Poder360 no domingo (5).
Segundo mandato e cenário político em Goiás
No segundo mandato como governador, Caiado não pode mais concorrer à reeleição. O político, que já foi senador da República e deputado federal, afirma que, nesta etapa da carreira, só se interessa por uma nova disputa ao Planalto. Ele lembra que já concorreu à Presidência em 1989, pelo antigo PSD, quando obteve 0,68% dos votos, ficando em 10º lugar, eleição vencida por Fernando Collor, então no PRN.
Com 86% de aprovação no início de 2025, segundo pesquisas internas, Caiado consolidou alianças políticas em Goiás e deve apoiar a primeira-dama, Gracinha Caiado, para uma das duas vagas ao Senado em 2026.
Conversas com outras legendas
Antes da aproximação com o Podemos, o governador já havia conversado com lideranças do Solidariedade, incluindo o deputado federal Paulinho da Força (SP). As tratativas com Renata Abreu agora devem abrir mais uma porta para sua candidatura.
Caiado acredita que pode representar um discurso de direita e centro-direita com experiência política e eficiência administrativa, atributos que, segundo ele, “nenhum dos outros pré-candidatos” reúne na corrida presidencial de 2026.
“A experiência mostra que o Brasil precisa de gestão, equilíbrio e pulso firme. Eu sei o que é administrar com responsabilidade”, declarou o governador em recentes entrevistas.
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