22 de novembro de 2024
Destaque • atualizado em 23/09/2020 às 18:17

Caiado se opõe a retorno de público aos estádios em Goiás: “Pediria para aguardar”

Caiado diz que Goiás tem toda estrutura para campanha de vacinação. (Foto: Divulgação)
Caiado diz que Goiás tem toda estrutura para campanha de vacinação. (Foto: Divulgação)

O governador Ronaldo Caiado se posicionou contra o retorno do público aos estádios em Goiás no atual momento. Segundo Caiado, o cenário epidemiológico do estado ainda não permite a volta das torcidas, mesmo em capacidade limitada, sem risco ao sistema de saúde.

“Precisamos ter passos graduais, mas sem comprometer a estrutura hospitalar. Se vier um quadro de uma curva de contaminação mais grave, nosso suporte pode ficar a desejar. Podemos ir gradualmente, depois que nossa curva em Goiás mostrar uma queda. Estamos num platô. Não estamos ainda numa queda. Eu pediria a todos para aguardar nosso quadro entrar na descendente para aí sim avançarmos em algum tipo de presença maior de público em eventos”, ponderou. Ele também citou á área de eventos musicais como uma das preocupações. “Estamos buscando alternativas”, disse.

Um estudo preparado pela CBF e aprovado pelo Ministério da Saúde sugere a liberação de 30% da capacidade total dos estádios. Para Caiado, a limitação pode não evitar os riscos de contaminação. “O problema não é ter 30%. Se você tiver 30% e todo mundo aglomerado, está contaminando todo mundo. Quem vai dizer que no afunilamento do túnel todo mundo vai ficar distante? Num campo de futebol, todo mundo é tomado pela emoção”, argumentou.

O governador rebateu ainda argumentos de dirigentes que citam aglomerações nas ruas e em locais turísticos para justificar o retorno das torcidas. “Uma coisa é o cidadão sair da sua casa, com o direito de ir e vir, e ir para a rua. Não pode comparar as pessoas circulando nas ruas com as pessoas autorizadas a se aglomerar em um recinto”, justificou.

Volta às aulas

Caiado reforçou o posicionamento de que a retomada das aulas presenciais deve se dar apenas a disponibilização de uma vacina. “Não temos ainda um controle pra poder convencer as crianças que preservem a distância, tenham o nível de percepção de que o contato e o não uso da máscara pode contaminar outras pessoas. Ainda não vejo nenhum espaço para voltarmos às aulas”, asseverou.


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