22 de dezembro de 2024
Desafio • atualizado em 06/03/2023 às 22:14

Caiado indica que pode reverter aumento da tarifa do transporte no entorno do Distrito Federal

Caiado deu a nova titular do Entorno do DF, Maria Caroline o desafio de criar Consórcio para 'congelar' ajustes tarifários
O governador Ronaldo Caiado (União Brasil) em posse de novos secretários (Foto: Divulgação)
O governador Ronaldo Caiado (União Brasil) em posse de novos secretários (Foto: Divulgação)

O governador Ronaldo Caiado (União Brasil) pretende priorizar a construção do Consórcio entre o Distrito Federal e o Governo Federal para subsidiar a tarifa no transporte coletivo das cidades que pertencem à região do entorno. Agora, com a titular da pasta do Entorno do DF, Maria Caroline Fleury de Lima assumindo o cargo, nesta segunda-feira (06/03) o assunto terá contornos para uma solução.

Em entrevista coletiva realizada após a posse de Caroline Fleury, o governador destacou o caminho que percorrerá junto ao Governo Federal para a criação do subsídio, semelhante ao já existente na região metropolitana de Goiânia, que desde 2019 tem congelado a tarifa a R$ 4,30. “Como foi algo que foi discutido às vésperas da decisão da ANTT, eu vejo que há espaço para reversão”, salientou ao destacar que o Governo Federal já subsidia o valor de passagens em algumas capitais brasileiras.

Por isso, o governador propõe que os Governos do DF, de Goiás e Federal entrem com um terço do valor da tarifa. Para Caiado, não faz sentido pedir subsídio para a tarifa em Goiânia, mas é de suma importância que o Governo Federal atue com participação relevante no entorno. “O único Estado limítrofe é o de Goiás e as pessoas saem de Goiás para trabalhar em Brasília. É mais do que justo que entre a tarifa técnica e a que o cidadão paga. Em Brasília pode se implantar um modelo parecido: um terço para Goiás, um terço para Brasília e um terço para a União”, pontuou.

Maria Caroline diz que principal missão como secretária do Entorno será o congelamento da tarifa 

A nova titular está ciente dos problemas que Caiado pontuou e por isso, disse em entrevista ao Diário de Goiás que prioriza o assunto já nos próximos dias. Por isso, as próximas reuniões que terá ainda essa semana serão pautadas no congelamento da tarifa.

“A primeira questão que foi a missão dada pelo governador é trabalhar o Consórcio da questão do transporte. Ter uma tarifa única e o restante subsidiado pelos três entes: Brasília, Goiás e a União. A nossa missão nº1 é o transporte público e mobilidade urbana”, respondeu após a cerimônia de posse, juntamente com o novo titular da secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação, José Frederico Lyra Netto e o novo presidente do Detran-GO, delegado Waldir soares, realizada no Auditório Mauro Borges. 

Caroline destacou que conhece bem o Governo Federal e as cidades do entorno e que ter trabalhado durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não irá atrapalhar a condução do seu trabalho. Ao contrário. “Como é trabalho, independente de um governo. O governo federal também quer produção. Já avançamos nessa conversa com o ministro. Vamos mostrar que com projetos e para o desenvolvimento da região eles e nós vamos estar disponíveis para melhorar a qualidade de vida dos moradores do entorno”, pontuou.

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), responsável pela gestão tarifária do transporte público semiurbano da região do Entorno de Brasília, autorizou reajuste da passagem em 12%. O novo valor começou a ser aplicado a partir deste domingo (05)

É justamente uma solução para esse reajuste que Caroline e Caiado vão tentar encontrar. A criação do Consórcio já foi compartilhada com o Governo Federal e o Governo do Distrito Federal e recebeu sinal verde de ambos os entes. 

O modelo de gestão seria parecido com o que já há na Região Metropolitana de Goiânia, onde as Prefeituras Aparecida, Senador Canedo e Goiânia juntamente com o Governo de Goiás subsidiam metade do valor tarifário o que faz com que haja o “congelamento” do valor da passagem que já vai para quatro anos. “Porque não podemos implantar lá, o que está dando certo aqui?”, indagou Caiado.


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