23 de dezembro de 2024
Destaque 3 • atualizado em 03/04/2020 às 17:56

Caiado reforça isolamento e diz que flexibilização depende de estrutura de saúde

Caiado defende mudanças no FCO. Foto: Samuel Straioto.
Caiado defende mudanças no FCO. Foto: Samuel Straioto.

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), destacou novo decreto que prorroga a quarentena, em virtude da pandemia do novo coronavírus, por mais 15 dias.  Foi ressaltado que a extensão da medidas sanitária foi baseada em discussões, no sentido de “achatar” a curva de crescimento de casos da Covid-19.

“Baseada em todas as discussões que nós tivemos, estamos mantendo o decreto, regularizando alguns outros pontos que no decorrer destes dias não ficaram tão bem elucidados. A quarentena está prorrogada por mais 15 dias e na Educação por mais 30 dias. Até o dia 19 manteremos os mesmos critérios do nosso decreto inicial”, destacou o governador Ronaldo Caiado.

O gestor comentou a nota técnica da Secretaria Estadual de Saúde, Caiado diz que o decreto é a redação final e que propôs uma quarentena menos rígida, do que a orientada pela pasta. As medidas são válidas até o dia 19 de abril.

No entanto, o governador destacou que a flexibilização ocorrerá a medida que for aumentando a estrutura de Saúde em regiões estratégicas como: Porangatu, Itumbiara, e nas cidades do Entorno do Distrito Federal, locais que tem apresentado grande preocupação.

Orientações complementares

Nas atividades que estiver em funcionamento, foi orientado que haja a permissão de trabalho remoto, revezamento de turnos e alterações de jornadas. O objetivo é reduzir o fluxo de pessoas.

Também será pedido pelo governador aos chefes do Executivo de outros estados que nas cidades de outros estados que fazem fronteira com Goiás, que também adotem as mesmas medidas para evitar a aglomeração de pessoas.

Feiras

Feiras Livres também estão no novo decreto. Poderão ser comercializados nestes tipos de locais produtos hortifrutigranjeiros, mas precisam ser observadas práticas de higiene.

“A Secretaria de Agricultura está testando um novo modelo de feiras, com produtos envelopados, com distância das bancas “, ressaltou o governador.

As áreas de alimentação nas feiras livres ainda vão permanecer com atendimento suspenso. A regulamentação das feiras será válida a partir do dia 6, quando haverá uma portaria da área de agricultura trazendo novas orientações.

Ensino

O decreto ainda libera a retomada das atividades administrativas nas instituições de ensino públicas e particulares. Já em relação as aulas, a Secretaria Estadual de Saúde fez recomendação para que a suspensão continue por mais 60 dias. Mas o govenador reforçou que as medidas de restrição na área de ensino serão válidas por mais 30 dias.

Pressão

Questionado sobre a pressão do setor produtivo para flexibilizar as medidas sanitárias, Caiado declarou que o governo tem feito o que é possível, por exemplo, na aquisição de cestas básicas, flexibilizando pagamentos de IPVA e da Saneago. O governador pediu para que o governo federal conceda linhas de crédito para socorrer as empresas.

“A minha mensagem a todos eles é que estamos trabalhando fortemente junto a outras estruturas e que o governo federal libere linhas de crédito para que não demitam, que tenham capital de giro, com condições de pagamento a longo prazo”, destacou.

Caiado pediu à utilização dos recursos do FCO com juros baixos para ajudar as pequenas, médias e grandes empresas. “Temos sensibilidade a área econômica, ela vai ser gradualmente liberada”, reforçou.

O decreto prevê a flexibilização de alguns pontos tais como: o funcionamento de estabelecimentos comerciais (Borracharias, restaurantes, oficinas e postos de combustíveis) às margens das rodovias aqui em Goiás.

Dentro das cidades estará permitido o funcionamento de lojas de autopeças; estabelecimentos que produzam insumos para o combate da Covid-19; escritórios de profissionais liberais, com a proibição de atendimento presencial; cartórios extrajudiciais.

Desobediência

Quanto à possibilidade de uma desobediência, o governador disse pode ter sido uma reação momentânea, mas que as pessoas vão refletir e analisar sobre a necessidade de contribuir. Foi reforçado que o descumprimento impõe responsabilidades.

Proteção

O Chefe do Executivo relatou que será preciso reforçar os equipamentos de proteção individual para os trabalhadores na área da Saúde. Ele argumentou que numa UTI, o risco de disseminação é altíssimo, caso os trabalhadores não estejam devidamente protegidos.

Alternativas estão sendo buscadas como utilizar a mão de obra das confecções de Jaraguá para fazer capotes, a fim de proteger os trabalhadores.

Testes

O governador voltou a dizer sobre a necessidade de ter testes mais rápidos. O Laboratório Central (Lacen) fez algumas avaliações que instituições não foram capazes de comprovar um caso com agilidade, qualidade e segurança.

Estimativa de impacto da Covid-19 em Goiás e sugestões de medidas

O secretário de Desenvolvimento Adriano da Rocha Lima, reforço a necessidade de isolamento social. A argumentação baseada a partir de um levantamento realizado pela Secretaria de Desenvolvimento e Inovação, Universidade Federal de Goiás (UFG), e outros parceiros, e indicou a estimativa de impacto da crise do novo coronavírus em Goiás.

Foi medido o índice de isolamento baseado na circulação das pessoas com aparelhos celulares. O isolamento social em situações normais chegava a 30% no meio de semana e em torno de 50% aos finais de semana.

A partir da crise do coronavírus, houve um aumento acima de 70%, mas o secretário destacou que há tendência de decréscimo. De acordo com Adriano da Rocha Lima, o mínimo do isolamento deve ser de 50%, hoje é de 58% em todo o estado. O índice em Goiânia é de 56%.

Foi destacada a necessidade de manter as medidas sanitárias para evitar uma explosão de casos do novo coronavírus em Goiás.


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