Alvo de críticas de candidatos oposicionistas durante a sabatina realizada pelo Forum de Entidades Empresariais de Goiás nesta segunda-feira (29/08), o governador Ronaldo Caiado (União Brasil-GO) não titubeou nas respostas. Sobrou indireta até para o ex-prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (Patriota). “Uma coisa é a pessoa querer tratar o Estado de Goiás como se fosse uma visão simplista e tratar apenas uma cidade. Sou responsável por 7 milhões e 200 mil goianos”, indagou ao Diário de Goiás em coletiva antes de ser sabatinado.
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Parcela das críticas giravam em a partir dos candidatos que o precederam. O deputado federal Vitor Hugo (PL) e Mendanha (Patriota) teceram comentários sobre a forma como Caiado fez a gestão da pandemia, acusando-o de pouco ter dialogado com o setor produtivo. O primeiro chegou a dizer que não irá adotar a política de isolamento social, em eventual governo. O segundo disse que Caiado entrou em embate político contra o presidente Jair Bolsonaro. Até Wolmir Amado, do PT, criticou a forma como o democrata se relaciona com o setor produtivo.
Caiado disse, no entanto, que sua gestão manteve amplo diálogo com o setor produtivo e outras forças democráticas. “Foi o único governo no país entre todas as histórias de Goiás que só decidiu compartilhando ações. Nunca tomei uma decisão em Goiás que não fosse em comum acordo com o presidente da Assembleia Legislativa, Tribunal de Justiça de Goiás, Ministério Público, Defensoria Pública, Tribunal de Contas do Estado e do Município, além do Fórum Empresarial. Discordância é normal”, pontuou.
Caiado voltou ao tempo e disse que era necessário tomar decisões enérgicas diante do combate à pandemia. Mesmo assim, quando o fez, usou do diálogo, apesar de ter sido firme nas decisões. “Discordância é normal. Que eu fui o mais aberto e o mais liberal de todos os governadores para tomar decisões fui eu. Existem momentos que você precisa decidir e eu realmente sou um homem preparado para decidir as coisas. Tenho anos de vida e experiência”.
Sem citar o nome de Mendanha, disse que não dava para pensar no Estado como se faz a gestão de uma cidade tendo uma “visão simplista”. “As pessoas não podem governar pensando apenas em Goiânia, Anápolis e Aparecida. Tem que pensar em 246 municípios. Não pode ser uma visão obtusa. Se a pessoa não tem a capacidade de entender a abrangência do cargo, às vezes, resume as discussões de maneira minúscula e não na extensão do cargo de Governador”, destacou.
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