O governador Ronaldo Caiado (União Brasil) participou, nesta sexta-feira (22), do II Encontro do Grupo Liberdade e Democracia, realizado na sede do Poder Legislativo da Argentina, em Buenos Aires. O chefe do Executivo goiano foi convidado a falar no painel ‘Como combater o populismo cultural e fortalecer uma narrativa de liberdade’, que teve mediação do ex-ministro secretário-geral do Governo do Chile, Jaime Bellolio.
O evento reúne mais de 200 dirigentes de diferentes países. Ao lado de representantes do México, Uruguai e Venezuela, Caiado destacou, durante sua fala, a importância do diálogo e da discussão conjunta de medidas para fortalecer as democracias locais.
“Democracia e liberdade são faces da mesma moeda, mas são frágeis e podem ser utilizadas pelo populismo, que escravizam a estrutura do regime democrático”, disse o governador.
Caiado defendeu que ações em segurança contribuem para a atuação do Estado Democrático de Direito e para o controle do narcotráfico, um dos principais problemas atuais enfrentados na América Latina. Ao utilizar Goiás como exemplo, o governador afirmou que tem trabalhado com firmeza para impedir a infiltração do crime nas estruturas de poder.
O cidadão tem trânsito livre em Goiás. O Estado ocupa todas as estruturas, não tem um palmo sob controle de traficantes.
Entre as medidas adotadas, o governador de Goiás citou a vigilância nas penitenciárias, o fim das visitas íntimas para detentos, o policiamento no campo e o emprego de efetivo para coibir assaltos a bancos. Vale destacar que Goiás não registra nenhum crime do tipo desde 2019.
Participantes abordam problemas como narcotráfico e populismo
Durante o encontro, Guillermo Lasso, presidente do Equador, endossou o discurso de austeridade. “O narcotráfico tem avançado com maior rapidez do que as leis e as medidas para o combater. Deve ser enfrentado com precisão e sem ambiguidades”, salientou.
Já a líder da oposição venezuelana, a ex-deputada María Corina Machado, destacou efeitos negativos do populismo. “A Venezuela recebia cidadãos de todo o mundo, mas hoje quase 8 milhões de venezuelanos migraram e estão espalhados”, contextualizou. “São esses fatos que fizeram a Venezuela despertar e os venezuelanos entenderem que o socialismo e o populismo representam miséria, humilhação e separação familiar”, discursou.
Maurício Macri, ex-presidente da Argentina e anfitrião, reforçou a importância do evento para que as lideranças possam alinhar objetivos comuns: “Toda a sociedade civil e todo o mundo empresarial têm de participar deste debate, criar uma narrativa que valoriza o empreendedorismo, o desenvolvimento pessoal, agindo em conjunto sem estar sujeito a este tipo de autocracias e a ideias destrutivas”, declarou.
II Encontro do Grupo Liberdade e Democracia
Com o tema ‘Uma nova narrativa para a mudança política’, o evento segue com programação até sábado (23), com a participação de nomes de destaque na política da América do Sul, a exemplo do ex-presidente da Colômbia Iván Duque; o ex-presidente do México, Felipe Calderón; e o ex-presidente da Bolívia, Jorge Quiroga.
Entre os brasileiros que integram a programação do encontro, também estão o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o senador pelo Estado do Paraná, Sergio Moro (União Brasil).
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