A Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo (CMTC), apresentou na terça-feira (13), por meio do presidente Benjamin Kennedy, a proposta de criar uma taxa junto ao licenciamento anual dos veículos individuais, para bancar o custeio do transporte coletivo. O governador Ronaldo Caiado aprovou a ideia e permitiu que a sua assessoria técnica seguisse com o projeto.
Com isso, a tarifa do Transporte Coletivo pode ir de R$4,30 para R$3,30. Em entrevista a Bandeirantes Goiânia, o presidente da companhia, explicou a realidade para que o projeto seja efetivado e como pode beneficiar tanto o usuário, quanto os donos de veículos. Veja a entrevista na íntegra:
O maior convencimento vem do governador e isso foi conseguido na terça-feira?
O maior convencimento era do governador, porque ele é a peça fundamental nesse projeto, porque a competência exclusiva de enviar esse projeto para a Assembleia é do poder Executivo estadual. E o convencimento foi feito exatamente mostrando para ele que nós não estaríamos onerando e sim desonerando a tarifa e praticamente todos os empresários e empregadores existentes.
Além do mais, o governador se sensibiliza também com as pessoas de menor poder aquisitivo, porque hoje, nós temos no transporte coletivo na nossa economia hoje praticamente 34% de trabalhadores informais. E esses trabalhadores serão beneficiados, porque hoje se ele gasta esse valor de R$528 reais a mais anualmente com o transporte coletivo ele poderá aplicar esse recurso em outros gastos.
Dessa reunião, a ideia ainda é criar uma taxa no licenciamento anual dos veículos. Qual o valor?
O governador pediu novos cálculos a respeito dessa taxa de licenciamento, do valor a ser acrescido nessas taxas. Nós já estamos elaborando esses novos cálculos, para que possamos apresentar para a procuradora-geral do Estado e também para a secretária de Economia.
Creio que na próxima sexta-feira ou segunda-feira a CMTC já estará apresentando esses novos cálculos para que eles sejam depois confirmados pelo governador e o projeto seja enviado a Assembleia Legislativa.
O principal problema dessa criação é a resistência do proprietário do veículo, tanto pessoa física quanto pessoa jurídica. O que dizer para esse proprietário no sentido de que a criação dessa tarifa pesa sobre ele, mas pode aliviar também?
Hoje o que nós temos em praticamente todo o mundo, o veículo individual motorizado que ele faz o custeio do transporte coletivo. Então, na Europa, na América do Norte esse mecanismo já é usado, nós simplesmente estamos trazendo esse mesmo mecanismo aqui para a Região Metropolitana de Goiânia, no Estado de Goiás para que o transporte individual faça o custeio de grande parte do transporte coletivo.
Isso na realidade, nós não falamos na oneração porque nós estamos trabalhando com a desoneração da tarifa e automaticamente a desoneração dos empregadores e até de quem tem um funcionário só que faz uma faxina em casa também vai ter um ganho, porque nós reduzindo a tarifa hoje e ele se concretize em R$3,30 estaremos reduzindo ai em R$1 real e esse representará para cada funcionário que tenha direito ao sit pass de R$528 anuais por pessoa.
Qual é hoje a realidade para que essa tarifa possa ser reduzida?
É um a boa notícia porque nós estaremos revitalizando e trazendo para o usuário do transporte coletivo um novo modelo de transporte coletivo que será implantado a partir de 2020. O nosso projeto que estamos desenvolvendo foi apresentado ontem para o governador.
O governador gostou do projeto e autorizou realmente a sua assessoria fazer todas as tratativas para que nós pudéssemos finalizar o projeto de Lei e basicamente o nosso projeto consiste em criar uma receita extra tarifária, um fundo de transporte coletivo, fundo esse que será todo o custeio de todas as gratuidades, dos terminais de integração e o custeio do órgão gestor.
Esse custeio das gratuidades e do órgão gestor possibilitará a diminuição da nossa tarifa hoje de R$4,30 para até R$3,30. Então, o governador entendeu o nosso propósito, entendeu que esse projeto busca apenas a satisfação e a melhoria do serviço ofertado aos usuários da Região Metropolitana e por isso mesmo ele comprou a ideia.
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