27 de agosto de 2024
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Caiado: “É inaceitável que penitenciárias sejam o quartel-general da bandidagem”

Ronaldo Caiado visita SSP (foto Júnior Guimarães)
Ronaldo Caiado visita SSP (foto Júnior Guimarães)

A secretaria de segurança pública foi visitada nesta terça, 22, pelo governador Ronaldo Caiado durante apresentação da operação que desarticulou quadrilha especializada no roubo a bancos mediante explosão de caixas eletrônicos. Ao cumprimentar os comandantes da Polícia Militar, delegados da Polícia Civil, serviço de Inteligência e as forças que atuaram na missão. “É inaceitável que penitenciárias sejam o quartel-general da bandidagem em nosso estado, em nosso país. Essa é a indignação maior”, disse ele ao enfatizar a importância da integração entre as polícias.

O governador assegurou, também, que “vamos identificar o foco do enriquecimento ilícito, do dia para a noite, daqueles que todo mundo conhece. Na próxima reunião, quero mostrar que nós estamos chegando aos cabeças que são responsáveis por usar o crime para benefício próprio, e mantendo essas quadrilhas circulando pelo estado”.

O resultado da operação que desarticulou organização criminosa composta por 12 integrantes (três mulheres e nove homens), sendo um deles com 46 anos e o restante com idades entre 18 e 25 anos, informou Caiado, será também levado ao ministro Moro.

“Esse documento é a evidência maior de que as facções estão sequestrando os jovens e as pessoas de baixa idade em Goiás”, disse o governador. “E o comando da operação está dentro da penitenciária, o que é inadmissível. Esse relatório tem uma importância ímpar”, destaca.

Durante todo o pronunciamento, o governador fez questão de “reconhecer o trabalho, a dedicação, o empenho, o espírito de patriotismo e de compromisso com o combate à criminalidade” por parte das forças de segurança pública. “Onde tiver Goiás, vai ter a mão forte do estado”, sentencia. “Saímos na frente. Vamos ser referência para o país”, destaca.

Caiado foi contundente ao afirmar que “ninguém vai causar a desestabilização das forças de segurança sob meu comando. Vocês têm o apoio integral do governador. É para continuar atuando com a mesma intensidade com que estão agindo”. De acordo como governador, “além de prender os que estão hoje no comando do crime organizado, vocês também abortaram outros crimes que seriam praticados. É esse trabalho preventivo que tem que ser reconhecido. As polícias Militar e Civil estão à frente. Já não ficam mais na esteira do que o crime organizado vai determinar no estado”.

Organização criminosa

Com a organização criminosa especializada em explosão de caixas em bancos, a polícia apreendeu armas de fogo e artefatos utilizados na fabricação de bombas. O trabalho da força-tarefa teve duração de dois meses. As últimas cidades nas quais os criminosos agiram foram Goianésia, Morrinhos e Nova Crixás. As prisões foram efetuadas em vários municípios, e os indiciados transferidos para Goiânia.

“Vocês terão, da minha parte, todo o respaldo a qualquer hora do dia e da noite. Estou cobrando a cada minuto resultados. Como médico que sou, sei fazer diagnóstico”, disse Caiado. “Sei que a hora em que nós implantarmos a segurança no estado, capaz de mostrar que aqui não vale a pena a prática do crime, Goiás vai ser uma referência”, afirma o governador. “O cidadão de bem tem que ocupar as ruas. Não é possível mais vivermos numa situação em que o bandido na prisão decide o que deve ser feito em nosso estado”, pontua.

O delegado-geral da Polícia Civil, Odair José Soares, resumiu em três palavras o trabalho das forças policiais em Goiás: “Integração, inteligência e humildade”, e deixou claro que “não vamos dar trégua à bandidagem em Goiás”. Num breve balanço, ele citou toneladas de drogas apreendidas, desarticulada quadrilha especializada no roubo de gado, criado grupo especializado no combate ao roubo e furto de veículos e a prisão do suspeito de assassinato da motorista de aplicativo, Vanusa da Cunha.

Ao lado do delegado-geral, participaram da entrevista coletiva o secretário de Segurança Pública e Defesa Social, Rodney Miranda e o comandante geral da Polícia Militar, coronel Renato Brum dos Santos.


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