O governador Ronaldo Caiado afirmou na noite desta quinta-feira (6), por meio de suas redes sociais, que está disposto a levar adiante a discussão da proposta do presidente Jair Bolsonaro que reduz o ICMS sobre combustíveis.
Caiado e outros governadores estiveram presentes em evento que comemorou os 400 dias do governo Bolsonaro na última quarta-feira (5), em Brasília, onde o tema foi discutido. Apesar da disposição em seguir dialogando, o governador espera alterações que não prejudiquem os caixas dos estados.
“A minha posição em relação a redução do ICMS dos combustíveis será de levar adiante a proposta que o presidente Jair Bolsonaro fez ontem (quarta-feira) a nós, durante o seu pronunciamento no evento de 400 dias de seu governo: buscar o diálogo para uma solução diante de um problema que municípios, estados e União têm culpa”, afirmou o governador.
Segundo Caiado, a revolta da população com a alta carga tributária é justificada. Por isso, é importante que os governadores e o presidente construam uma alternativa.
“É imprescindível uma reunião entre todos os chefes dos executivos estaduais com o presidente para entrarmos em um consenso. Só assim vamos conseguir alcançar as mudanças que a população espera de nós”, disse.
Zerar o ICMS
No último domingo (2), o presidente Jair Bolsonaro anunciou via Twitter que enviará ao Congresso um projeto para que o ICMS tenha um valor fixo por litro, argumentando que os governadores cobram altas cargas tributárias nos combustíveis.
Antes disso, ele já havia dito que os estados deveriam zerar o ICMS para baixar o preço dos combustíveis. As afirmações causaram reações dos governadores, que divulgaram nota afirmando que o governo federal deveria abrir mão dos tributos federais que também incidem (PIS/Cofins e Cide).
Nesta quarta-feira (5), o presidente declarou que toparia zerar os impostos da União, caso os estados parassem de cobrar ICMS sobre os combustíveis.
“Eu zero federal, se eles zerarem o ICMS. Está feito o desafio aqui agora. Eu zero o federal hoje, eles zeram o ICMS. Se topar, eu aceito”, afirmou.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, já foi questionado sobre o assunto, mas ainda não deu declarações a respeito.
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