O governador Ronaldo Caiado afirmou nesta quinta-feira (30) que Goiás, se preciso for, não negará leitos a brasileiros de outros estados, caso tenha capacidade para atendê-los. Em entrevista à Rádio BandNews Goiânia, Caiado assegurou que fará todo o possível para salvar vidas. Ele lembrou que o estado integra uma federação na qual todos devem se apoiar.
“Se necessário for, Goiás jamais fechará as portas para qualquer brasileiro, tendo aqui espaço para acolhê-lo. Vivemos em uma federação, e entendo que quando se trata de vidas, nós precisamos também estar de mãos estendidas àqueles que, muitas vezes, estão em uma situação mais crítica que a nossa”, destacou.
O governo informou que levará a ideia ainda nesta quinta ao ministro da Saúde, Nelson Teich, durante vídeoconferência com outros governadores do Centro-Oeste.
Temas da reunião
Caiado abordará também pactuação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e o recebimento dos valores referentes aos pacientes atendidos.
“Vamos demonstrar que todo leito equipado por nós e pactuado com o ministério é muito importante. Não podemos receber esse valor [recurso do atendimento], 60 dias depois que o paciente passou pelo leito. O estado não tem capacidade de suportar essa despesa”, explicou.
Outro tema é a distribuição de equipamentos aos estados. O governador também quer tratar da manutenção da política de isolamento social para frear o avanço da Covid-19. “Vai ser um prazer enorme dizer ao ministro que conte com Goiás como um aliado para salvar vidas e dizer que o isolamento é algo fundamental, assim como ficou demonstrado no mundo todo, nos países que tiveram os melhores resultados”, argumentou.
Endurecimento do confinamento
Questionado sobre a possibilidade de editar um novo decreto com medidas de restrição ainda mais rígidas, devido ao aumento de infectados em Goiás, Ronaldo Caiado reforçou que há grandes chances de haver o fechamento de todo o comércio novamente. “Nós tivemos a maior queda no isolamento e, como tal, se necessário, voltaremos com decretos mais rígidos”, reiterou. Essa avaliação será feita ao longo dos próximos 10 dias.
Em relação a retaliações, o governador disse que não tem receio de intensificar a quarentena. “Não tenho medo, não tenho receio algum de ter que voltar a um decreto muito rígido. Não vou ter tolerância com um vírus que está mostrando sua capacidade destrutiva, de inviabilizar totalmente um estado e um país, como já vimos por onde ele passou”, finalizou.
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