05 de dezembro de 2025
Eleições 2026 • atualizado em 14/08/2025 às 19:38

Caiado dispara contra Lula sobre repasses e promete seguir com críticas “até derrotá-lo”

Governador de Goiás criticou repasses do governo federal e apontou “falta total de sensibilidade” da gestão Lula
Fala reforça seu posicionamento como uma das principais vozes da oposição a Lula, já mirando o cenário político das eleições de 2026. Foto: Altair Tavares/Diário de Goiás
Fala reforça seu posicionamento como uma das principais vozes da oposição a Lula, já mirando o cenário político das eleições de 2026. Foto: Altair Tavares/Diário de Goiás

Ao ser questionado nesta quinta-feira (14) sobre até quando manteria críticas ao governo federal pela falta de apoio à saúde em Goiás, o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) foi direto: Bom, até o dia que a gente derrotar o Lula. A declaração foi dada ao Diário de Goiás, após solenidade no Palácio das Esmeraldas, onde Caiado recebeu o projeto da maior Casa Ronald McDonald da América do Sul, a ser construída ao lado do CORA (Centro de Oncologia e Hematologia Pediátrica).

O governador criticou duramente a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), acusando o governo federal de omissão no financiamento da saúde e de se apropriar politicamente de projetos estaduais. “Fizeram propaganda do meu hospital no horário nacional do Ministério da Saúde e nunca repassaram um centavo”, reclamou. Ele também citou o Hospital de Águas Lindas: “Foram lá inaugurar o hospital e nunca mandaram a parcela deles”.

Caiado denunciou ainda o não repasse de recursos para medicamentos de alto custo e atendimentos excedentes nos hospitais estaduais. “Desde 2018, nunca recebemos. Toda a parte a mais que nós atendemos está lá arquivada. Nunca aconteceu”. Ao falar sobre obras federais prometidas para Goiás, o tom foi o mesmo: “Eram três. Estão todas na nuvem. Não chegou nenhuma até hoje”.

Economia ‘sufocada’

Segundo o governador, Goiás tem arcado com responsabilidades que deveriam ser da União. “Estamos investindo 17,2% do orçamento em saúde, quando a meta constitucional é de 12%”, disse. Ele alega que o governo federal deveria cobrir metade dos custos, mas hoje repassa valores abaixo disso: “Manda 32%, 38%, 40%, cada vez menos.”

Caiado afirmou que tanto estados quanto municípios estão sendo sufocados pela concentração de recursos em Brasília. “O governo só sabe arrecadar. A carga hoje para estados e municípios é total.”

Mesmo diante das dificuldades, o governador encerrou com uma dose de ironia e esperança: “Eu tenho esperança de que esses 14 meses passem rápido”.


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