07 de agosto de 2024
Política

Caiado defende reforma e diz que não se pode “fatiar” problema de tributação

Caiado é contra isolamento vertical do coronavírus. (Foto: Divulgação)
Caiado é contra isolamento vertical do coronavírus. (Foto: Divulgação)

O governador Ronaldo Caiado afirmou nesta sexta-feira (14), em entrevista à Rádio Brasil Central, que somente uma reforma tributária pode solucionar os problemas de incidência de impostos por completo.

Caiado foi questionado sobre uma possível redução de ICMS sobre os combustíveis, proposta feita pelo presidente Jair Bolsonaro para baixar os preços para os consumidores. Segundo o governador, porém, não se deve analisar a questão tributária apenas de um setor, mas de todos.

“É diferente a tributação sobre energia elétrica e telecomunicações? Não é só o combustível. Aí você vai discutir a incidência de tributos sobre medicamentos, arroz, feijão e a carne. Da maneira em que estamos, o Brasil precisa da reforma tributária. Não adianta fatiar o problema. Os problemas hoje existem em todos os setores. Alguns têm os benefícios da isenção. E os outros? Quem paga a maior carga tributária? O que precisamos é de parar com essa tese de que apenas um assunto fatiado vai resolver o problema”, declarou.

De acordo com o governador, o ministro da Economia, Paulo Guedes, está de acordo com a redução de impostos sobre combustíveis deve ser tratada numa reforma que atinja todos os setores.

“O ministro disse que concorda que este assunto não pode ser tratado de maneira fatiada. Temos que fazer a reforma no todo. O importante é que nós tentemos achar soluções. Criar problemas ou acirrá-los não nos levará a nada. Só criaremos uma queda de braço com sérias consequências de agravamento do cenário atual”, pontuou.

Críticas

Caiado também falou sobre as críticas que vem sofrendo pela mudança de discurso em relação ao ICMS cobrado por Goiás sobre os combustíveis. Quando ainda senador, ele reclamou diversas vezes do valor alto do tributo. 

“Podem falar: “governador, mas o senhor não achava o imposto da gasolina alto e criticou?” Sim, eu critiquei. Por que eles não lutaram como estou lutando agora por uma reforma tributária? Não estou acomodado no processo de tributação que existe sobre o combustível”, disse.

Apesar de esperar uma reforma que reduza o peso da tributação sobre a população, o governador lembra do caos fiscal vivido pelo estado e espera uma solução plausível.

“Que a carga tributária é enorme ninguém discute, mas como vamos achar uma saída para isso se estou caminhando para um processo de recuperação fiscal? O Estado hoje vive de uma liminar do STF. Como é que vamos avançar se não for num todo, junto com a União?”, pondera. “Eu tenho total certeza que, tanto o presidente Bolsonaro, o ministro Guedes e nós governadores, acharemos um meio-termo para que as pessoas não sejam penalizadas, mas os estados também possam pagar seus servidores, manter suas políticas de saúde, segurança e educação”, acrescenta.


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