17 de dezembro de 2024
Política • atualizado em 08/12/2020 às 10:56

Caiado defende que governo federal tome a frente em plano de imunização contra a covid-19

Caiado segura uma amostra da CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan. (Foto: Divulgação)
Caiado segura uma amostra da CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan. (Foto: Divulgação)

O governador Ronaldo Caiado defendeu na manhã desta terça-feira (8) que o governo federal coordene o plano de imunização contra a covid-19 no país, sobrepondo ações individuais de estados.

Durante visita à fábrica da Ambev, em Anápolis, Caiado afirmou que a compra das vacinas cabe à União, que deve evitar distorções entre as regiões. “A aquisição (de vacinas) é política nacional, não pode ser uma política de cada estado. Senão, estaríamos penalizando os estados que indiscutivelmente têm menor poder aquisitivo ou estão em regiões mais longínquas do país”, pontuou o governador.

Caiado terá nesta terça uma reunião com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, para tratar do tema. Ele reforçou que quem adquire as vacinas é o governo federal, que “distribui igualitariamente a todos os estados da federação”. “Goiás tem uma previsão de ter 1,8 milhão de vacinas para atender esse primeiro grupo (profissionais de saúde e pessoas do grupo de risco). O Ministério da Saúde deve manter o que sempre foi a política nacional de imunização”, completou.

O estado de São Paulo anunciou nesta segunda-feira (7) um plano de imunização que começaria em janeiro, caso a CoronaVac, vacina da farmacêutica chinesa Sinovac, tenha autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O governo federal, por outro lado, prevê que a campanha de imunização tenha início apenas em março.

Para Caiado, “o governo federal não tem porquê abrir mão de uma política nacional de imunização”. De acordo com o governador, se cada estado promover sua própria política de vacinação “vai partir para um processo onde cada um vai para um salve-se quem puder”. “Não é isso numa pandemia. Todos nós somos brasileiros. Todos que estão no grupo de risco merecem receber a vacina independente do estado em que estejam vivendo”, concluiu.

O governador também destacou que cabe aos estados garantir aparato de seringas, profissionais de saúde, locais de distribuição de vacina e o ambiente apropriado para aplicá-la.


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